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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Descrição de chapéu petrobras

Petrobras vendeu R$ 263,4 bilhões em ativos desde 2015, aponta levantamento

R$ 155,5 bilhões foram negociados desde o início do governo Jair Bolsonaro (PL)

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Levantamento feito pelo Observatório Social da Petrobras, organização mantida pela Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), aponta que a venda de ativos da estatal de janeiro de 2015 a 23 de fevereiro de 2022 alcançou a soma de R$ 263,4 bilhões.

De acordo com relatório financeiro divulgado pela Petrobras, neste último trimestre foram negociados R$ 17,1 bilhões, um crescimento de 9,8% em relação ao período anterior, diz a análise do Observatório.

O levantamento contabiliza sete ativos vendidos de novembro de 2021 até agora, o principal deles o Polo Potiguar, no Rio Grande do Norte.

Trabalhador pinta tanque da Petrobras em Brasília
Trabalhador pinta tanque da Petrobras em Brasília - Ueslei Marcelino-30.set.2015/Reuters

"As 22 concessões de campos de produção terrestres e de águas rasas e toda sua infraestrutura de processamento, refino, logística, armazenamento, transporte e escoamento de petróleo e gás natural foram negociadas por R$ 7,6 bilhões", aponta o levantamento, chamado pelo Observatório de Privatômetro.

Nesta quarta (23), a Petrobras assinou contrato para venda de ativos no Polo Norte Capixaba por R$ 3 bilhões.

Segundo o Privatômetro, 44% dos ativos vendidos neste último período foram adquiridos por empresas brasileiras, 36% ficaram para a Espanha e 17% com o Reino Unido.

A gestão de Jair Bolsonaro (PL) foi o que mais vendeu recentemente, de acordo com esses dados. Durante seu governo, foram vendidos R$ 155,5 bilhões em ativos, representando 59% da soma total.

O maior valor anual de venda de ativos foi registrado no primeiro ano do seu mandato, em 2019, contabilizando R$ 74,8 bilhões, ou seja, 28% do acumulado. Na relação setorial, a maior parte dos desinvestimentos foi de ativos de exploração e produção (43%), seguido por transporte (28%) e distribuição e revenda (21%).

"No momento em que mais precisamos de uma estatal forte, voltada para o bem do seu povo e do seu país, preocupada em conter o preço da gasolina e do gás de cozinha e os impactos que essa alta traz no custo de vida do brasileiro, o governo acelera a privatização da Petrobras e deixa o país cada vez mais vulnerável às oscilações do mercado internacional", afirma Tiago Silveira, economista do OSP e do Instituto Brasileiro de Estudos Políticos e Sociais (Ibeps).

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