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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Descrição de chapéu Folhajus

PF pede inclusão na lista da Interpol de operador de traficante que movimentou R$ 4 bilhões

Clóvis Júnior aparece em transações com o grupo do narcotraficante Cabeça Branca e operava empresas de fachada

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A Polícia Federal solicitou a inclusão do operador financeiro Clóvis Miller Júnior na Difusão Vermelha da Interpol.

Alvo das operações Fluxo Capital e Caixa Fria nesta quinta (3), Miller Júnior é apontado como chefe no Brasil da estrutura utilizada por narcotraficantes, entre eles, Luiz Carlos da Rocha, o Cabeça Branca, para lavagem de dinheiro.

Informações do setor de Inteligência da PF dão conta de que o operador tinha receio de estar na mira das autoridades após a prisão de Cabeça Branca, em 2017, e estaria nos Estados Unidos ou na Suécia.

Meia tonelada de cocaína apreendida pela Polícia Federal em Presidente Prudente
Meia tonelada de cocaína apreendida pela Polícia Federal em Presidente Prudente - Divulgação

Miller Júnior é apontado como responsável por uma rede de empresas de fachada utilizadas para lavagem de dinheiro e, diz a PF, tem lugar de destaque na estrutura financeira do grupo ao lado do doleiro paraguaio Julio Cesar Servian.

Servian está preso no Paraguai e também foi alvo das ações da PF. Ele é dono da Zafra Câmbios, casa de câmbio com sede em Assunção e filiais em outras cidades da fronteira com o Brasil.

Relatórios do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) mostram que empresas e pessoas ligadas direta e indiretamente a Miller Júnior movimentaram cerca de R$ 4 bilhões entre 2014 e 2018.

Segundo a PF, mesmo após deixar o Brasil, Miller Júnior continuou a atuar no esquema de lavagem de dinheiro do grupo. "Conforme se apurou, principalmente, através da verificação de acessos à internet (IP’s) para movimentação de contas do grupo nos referidos países", diz a PF.

A PF mapeou por meio das quebras de sigilo a rede de empresas utilizadas pelo grupo, os laranjas utilizados registro das firmas e a atuação de integrantes do grupo no transporte de valores provenientes do narcotráfico.

Em mensagem ao Painel, Miller negou as acusações. "Esse tipo de caso mais parece perseguição jurídica e difamatória dos meus concorrentes do que algo realmente em curso de investigação", afirmou.

Ele acrescenta que é um "empreendedor por natureza desde 2001" e que jamais teve envolvimento com atividades ilícitas como lavagem de dinheiro.

"Sou dono de uma fintech, startup internacional, de pagamentos globais", afirma. "Temos todas as proteções necessárias quanto a políticas de prevenção de lavagem de dinheiro".

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