O presidente do Novo, Eduardo Ribeiro, diz que o partido não fará parte de nenhuma federação. Segundo ele, a sigla recebeu alguns convites, o mais concreto deles do Podemos, mas vê no modelo o mesmo problema que existia nas coligações proporcionais.
Para Ribeiro, também nas federações o eleitor corre o risco de votar em um candidato que tem uma ideologia clara e eleger outro que não tem relação nenhuma com a agenda do escolhido.
"O modelo proposto de federações é contrário ao que o Novo sempre defendeu. Nunca fez coligações proporcionais porque era contra lançar um candidato com ideologia clara, conteúdo programático, agenda, e aí quando você fazia as coligações você podia votar no candidato de um partido e eleger o candidato de outro e que defende outras coisas. Com as federações isso volta", afirma Ribeiro.
"Para o Novo não faz sentido. Mantemos a mesma lógica de ter as nossas nominatas proporcionais completas e puras, para que possamos dar a certeza para quem vota no Novo de que o voto está realmente indo para um candidato do Novo", completa.
Ele também diz que não faz sentido o partido ficar preso por quatro anos sob um novo estatuto, como aconteceria caso se juntasse a outra legenda em uma federação, dado que "nenhum outro partido do Brasil tem agenda sequer próxima à que o Novo defende."
A aprovação do projeto sobre as federações partidárias, em 2021, mexeu com o panorama das articulações políticas para as eleições de 2022 e alterou a forma como as legendas estavam negociando possíveis alianças.
O mecanismo permite que os partidos se aliem na disputa eleitoral, somando tempo de TV e se unindo na hora do cálculo do quociente eleitoral.
Caso decidam pela parceria, porém, os partidos ficarão juntos pelos próximos quatro anos, não apenas durante as eleições. Esta será a primeira vez que o pleito contará com a possibilidade das federações partidárias.
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