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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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PT critica encontro de Casagrande e Moro e vê federação com PSB mais distante

Governador do Espírito Santo receberá ex-juiz, algoz de Lula, no sábado

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O encontro programado do governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), com o pré-candidato Sergio Moro (Podemos), no próximo sábado (12), foi visto dentro do PT como mais uma tentativa de minar a federação entre os dois partidos.

O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, do PSB - Tati Beling/ALESR

O projeto subiu no telhado em razão de posições adotadas por algumas figuras de expressão dentro do partido, como Márcio França, ex-governador de São Paulo. Nesta quarta-feira (9), França divulgou um vídeo em que reitera sua intenção de disputar o Palácio do Bandeirantes, o que inviabilizaria uma aliança com Fernando Haddad (PT).

O gesto de Casagrande de receber o algoz do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi considerado por petistas uma afronta inaceitável.

"Lamentável a postura do governador Casagrande. Dia triste para o PSB", afirmou o advogado Marco Aurélio de Carvalho, coordenador do grupo Prerrogativas e filiado ao PT. "Moro é um dos responsáveis diretos pela eleição de Jair Bolsonaro. Não há, pois, sob qualquer justificativa, por mais criativa que seja, razão para que um democrata o receba", afirmou.

Segundo dirigentes do PT ouvidos pelo Painel, os gestos de França e Casagrande, além da atitude expressada em entrevista à Folha pelo presidente do PSB, Carlos Siqueira, de cobrar mais espaço para o partido na federação, praticamente inviabilizam o arranjo entre as legendas. Independentemente disso, o apoio dos socialistas à candidatura do ex-presidente não está ameaçado, afirmam lideranças partidárias.

Em entrevista a uma rádio do Espírito Santo na noite desta quinta-feira (10), Casagrande disse que receberá Moro assim como recebeu outros presidenciáveis, como Ciro Gomes (PDT).

"Vem um pré-candidato aqui, o partido dele é meu aliado e quer tomar um café comigo. Qual é o pecado de eu tomar o café com uma liderança?", perguntou Casagrande.

"A política tem que ser feita com divergências, mas não com ruptura do diálogo. Nós nos caracterizamos pelo diálogo, nosso projeto é o do diálogo. A gente dialoga, consegue conversar. Eu conversar com o Moro não significa que vou votar nele. Mas é um respeito aos aliados que estão no nosso governo", complementou.

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