Prefeito de São Bernardo do Campo (SP) e aliado de João Doria, Orlando Morando (PSDB) diz que o partido poderá ser alvo de ação do Ministério Público caso ignore o resultado da prévia para escolha do candidato à presidência no ano passado.
"O partido gastou dinheiro do fundo partidário nessa consulta, que é recurso público. Como fica se esse gasto não tiver servido para nada?", pergunta.
Só o aplicativo usado na votação custou mais de R$ 2 milhões, mas os gastos das prévias são maiores, chegando a R$ 9 mihões —incluem a realização de evento em Brasília e a verba para cada campanha, que foi de mais de R$ 1 milhão. Há ainda as passagens e hospedagens para que prefeitos de todo o Brasil fossem à capital federal.
Cortejado pelo PSD de Gilberto Kassab, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), postergou sua decisão sobre uma candidatura à Presidência da República para dar ao seu atual partido uma última chance de sinalizar que sua candidatura pelo PSDB não morreu com as prévias vencidas por João Doria, governador de São Paulo, em novembro.
O argumento para legitimar a contestação a Doria não viria exclusivamente do PSDB, mas também de partidos que negociam a composição para a chapa presidencial, como MDB, União Brasil e Cidadania.
A tese defendida seria a de que as prévias do PSDB podem ter validade interna, mas, para uma composição mais ampla, o nome precisaria ser consensual. Leite entraria como o preferido diante da alta rejeição ao nome de Doria até aqui.
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