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Ex-ministro Vélez diz que presença de pastores no MEC é desvio de função

Primeiro titular da pasta sob Bolsonaro aponta discriminação em favor de evangélicos

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Primeiro titular do Ministério da Educação no atual governo, Ricardo Vélez Rodríguez diz que a participação de pastores na distribuição de verbas da pasta é desvio de função e conduta antidemocrática.

O ex-ministro da Educação Ricardo Vélez Rodríguez durante evento em 2019 - Amanda Perobelli/Reuters

"Durante minha gestão, eu dedicava 70% do tempo atendendo autoridades eleitas, seja do Parlamento, governadores ou prefeitos. E sempre deixei claro que este trabalho seria desempenhado por funcionários técnicos do ministério", diz Vélez.

O atual ministro, Milton Ribeiro, está na berlinda após a revelação de que dois pastores sem cargo na estrutura da pasta comandam o repasse de verbas aos municípios.

Vélez ficou pouco mais de três meses no cargo, entre janeiro e abril de 2019. Sua indicação se deveu ao filósofo Olavo de Carvalho, morto em janeiro deste ano. A queda se deveu a problemas de gestão, com sucessivas trocas em cargos-chave da pasta.

Segundo o ex-ministro, não é correto contar com pastores de fora da estrutura do ministério para fazer o trabalho orçamentário. Ele enxerga discriminação contra outras religiões.

"Os pastores são pessoas boas, assim como são padres, ou pais de santo. É um desvio de função colocá-los como intermediários para distribuir orçamento. E é uma injustiça com pessoas de outras religiões, ou mesmo ateus, que são tão brasileiros quanto. Não é um método democrático", afirmou.

Após sua demissão, Vélez distanciou-se de Jair Bolsonaro (PL). Atualmente, diz ter simpatia pela candidatura de seu ex-colega de ministério Sergio Moro, outro que se tornou desafeto do presidente.

Ele não quis fazer comentários sobre a gestão de Ribeiro à frente do MEC e afirmou que a situação do atual ministro no cargo tem de ser decidida com base na legislação.

"Existe uma legislação pertinente, o importante é que seja aplicada, dando condição para o ministro se explicar", afirmou.

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