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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Descrição de chapéu petrobras

Queda de presidente da Petrobras aumenta rusga do Exército com a Marinha

Oficiais avaliam que o general Silva e Luna foi injustiçado por falta de articulação política de ministro

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Brasília

A demissão do presidente da Petrobras, general Joaquim Silva e Luna, amplia as rusgas entre o Exército e a Marinha.

Oficiais ouvidos pelo Painel sob a condição de anonimato avaliam que Silva e Luna "pagou o pato" da ineficiência na articulação política do ministro de Minas e Energia, almirante Bento Albuquerque. Criticam, ainda, o processo de fritura e a forma como o militar foi dispensado.

De acordo com esses generais, a substituição pelo economista Adriano Pires não resolverá o problema do aumento dos preços dos combustíveis, preocupação do presidente Jair Bolsonaro (PL) em ano eleitoral.

A solução seria a aprovação de um fundo capaz de amortizar as oscilações internacionais do petróleo e, assim, diminuir o impacto na população.

Joaquim Silva e Luna, presidente da Petrobras, em fala na Câmara dos Deputados. REUTERS/Adriano Machado ORG XMIT: GGGAHM17 - REUTERS

Quem falhou, portanto, nessa avaliação, foi Albuquerque, que teria a responsabilidade de fazer a articulação política. Há ressalvas também com relação ao presidente Jair Bolsonaro (PL), que teria tentado se livrar do problema trocando a presidência da Petrobras, mas não teria se empenhado em uma negociação com o centrão para fazer a proposta avançar.

Silva e Luna tem reforçado a interlocutores as amarras impostas pela lei e pelo sistema robusto de governança da Petrobras para sua atuação. Em palestra no Superior Tribunal Militar (STM) nesta terça-feira (29) o general destacou a impossibilidade de a empresa fazer "política partidária" e afirmou não haver lugar para "aventureiro" nela.

Chamaram a atenção também dos oficiais verde-oliva duas indicações recentes para o conselho de administração da estatal, no qual Albuquerque manterá a predominância de nomes ligados à Marinha.

O primeiro é o do oficial da reserva, Ruy Flaks Schneider, reconduzido ao colegiado. Ele já comandou o Conselho de Administração da Eletrobras por indicação do ministro de Minas e Energia.

O segundo é o o almirante Luiz Henrique Cairoli, próximo de Bento. Ele também é próximo do comandante da Marinha, almirante Garnier Santos, porque ambos atuaram na Bahia.

O atual presidente do conselho, almirante Eduardo Bacellar Leal Ferreira, deixa o grupo. Com a saída de Silva e Luna, não haverá mais integrantes do Exército no Conselho.

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