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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Aliados de Bolsonaro criticam Republicanos por voto sobre projeto das fake news

Interlocutores do presidente acusam o partido de ingratidão, em razão de posição favorável a urgência da matéria

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A divisão dos partidos da base de sustentação do presidente Jair Bolsonaro (PL) nesta quarta-feira (6) na votação do requerimento de urgência do PL das Fake News gerou críticas entre seus aliados. Só o PL votou em bloco contra a proposta. O PP liberou a bancada e o Republicanos, que orientou a favor, tem sido acusado de ingratidão.

A urgência teve 249 a favor e 207 contrários —mas precisava de pelo menos 257 votos para ser aprovada.

Visão geral do Plenário da Câmara dos Deputados (FOTO: Antonio Molina/Folhapress) - Folhapress

No Republicanos, foram 29 votos a favor, 10 contrários e duas ausências.

Nos bastidores, bolsonaristas acusam o presidente da legenda, Marcos Pereira, de ingratidão. Lembram que após manifestações públicas de insatisfação com Bolsonaro na janela partidária, acabou filiando dois dos principais ministros do governo: Tarcísio de Freitas, que disputará o governo de São Paulo, e Damares Alves que pode concorrer ao Senado pelo Distrito Federal.

Lideranças do partido, no entanto, argumentam que o Palácio do Planalto foi informado do posicionamento da legenda para atender a um pedido do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Seus deputados não teriam nenhum compromisso com o mérito do projeto, que preocupa o governo.

O PL votou maciçamente contra a proposta: 71 contrários e seis deputados não votaram, o que contribuiu para a derrubada.

Já o PP liberou sua bancada para se posicionar como preferisse. Entregou 16 votos a favor da urgência, 26 contrários, uma abstenção e oito ausências.

O presidente Jair Bolsonaro é contrário à regulamentação das fake news. Seus aliados temem que a normatização possa prejudicá-los. Parte deles já responde ao inquérito das milícias digitais no Supremo Tribunal Federal (STF). O próprio presidente responde por ter associado as vacinas contra o coronavírus à Aids.

Com a rejeição do requerimento de urgência, o PL das Fake News terá agora de ser aprovado pelas comissões temáticas da Câmara, o que retarda a tramitação. Especialistas já consideravam improvável sua aprovação a tempo de valer para as eleições deste ano.

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