José Luiz Datena foi chamado por João Doria (PSDB), Rodrigo Garcia (PSDB) e a cúpula da União Brasil para retornar à sigla, mas recusou.
O apresentador de TV filiou-se ao PSC na sexta-feira (1º) após ter se aborrecido com as movimentações de Doria na quinta-feira (31).
O tucano ameaçou não concorrer à Presidência e continuar no comando do Governo de São Paulo, o que prejudicaria a candidatura de seu então vice, Garcia. Doria depois disse que foi uma estratégia calculada para receber apoio explícito do PSDB.
Datena, que seria candidato ao Senado pela chapa, foi pego de surpreso pela movimentação e decidiu se afastar do grupo.
"Confirmado [que recebeu o convite para retornar ao partido]. Eles queriam vir a Goiânia onde estou com meus netos. Mas decisão tomada é decisão tomada. São meus amigos. Nosso objetivo é a democracia e o bem do país. Só que agora de lados diferentes", afirma Datena ao Painel.
O PSC faz parte da base de apoio de Tarcísio de Freitas, ministro da Infraestrutura que será o candidato ao Governo de São Paulo de Jair Bolsonaro (PL).
Na semana passada, Datena diz que também se incomodou com Antonio Rueda, presidente do partido em São Paulo. Ele afirma que perguntou a Rueda se a União Brasil filiaria Sergio Moro e que a resposta foi negativa. No entanto, o apresentador diz que descobriu que o ex-juiz já estava filiado quando ele conversou com o dirigente do partido.
"Eu não troco 30 moedas de prata por caráter. Se o Moro troca 30 moedas por cargo, eu não troco. Dinheiro não me interessa. Nada me interessa a não ser o povo brasileiro. O único a quem devo é ele", diz Datena.
"Saí da União por dois fatores: a jogada do Doria manchou um projeto sério. Ameaçou o projeto do Rodrigo [Garcia]; Brincou com o povo. E o meu partido, a União Brasil, mentiu para mim. E eu não sou o Moro, não", conclui.
Ele também conversou com Rueda neste sábado (2).
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