Pré-candidato ao governo de Minas Gerais, Alexandre Kalil (PSD) acusou seu principal oponente na eleição, Romeu Zema (Novo), de tentar censurá-lo.
O motivo foi um processo que o governador, que disputará a reeleição, moveu na Justiça contra um vídeo publicado por Kalil nas suas redes sociais, em que ele responde a perguntas de eleitores. O vídeo, com o título de "fala, papai", tem por objetivo apresentar o ex-prefeito de Belo Horizonte de modo informal.
Zema argumenta que a iniciativa de seu oponente é uma forma de propaganda antecipada. Um dos eleitores no vídeo diz "é Kalil na cabeça e Zema nunca mais", ao que o ex-prefeito responde "que Deus te ouça".
O governador pediu à Justiça Eleitoral exclusão do vídeo das plataformas digitais de Kalil e multa de R$ 25 mil.
Kalil reagiu nesta quinta (28) com novo vídeo. "Eu fui surpreendido com um pedido de censura. É isso mesmo, censura", afirma ele, antes de dizer que essa prática é típica de ditaduras.
"O governador Zema está querendo me censurar. Está tentando censurar esse papo que eu vou ter, de coisa boa e coisa ruim que nós temos que responder e esclarecer", afirma.
Ele pede ainda para o adversário "parar de tentar calar a boca de quem está tentando conversar com Minas Gerais".
No início da tarde, a Justiça Federal negou a liminar pedida pelo Partido Novo.
Zema e Kalil devem polarizar a eleição para o governo de Minas Gerais. O atual mandatário começou sua gestão aproximando-se do presidente Jair Bolsonaro (PL), mas afastou-se dele durante a pandemia. Já Kalil conta com o apoio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Em nota, a assessoria de Zema disse que o governador entrou com ação na Justiça eleitoral para "coibir os abusos reiteradamente cometidos" por Kalil, que, afirma, demonstra desapreço pela democracia, pelas leis e nenhum respeito às instituições públicas.
"O pré-candidato continuamente desrespeita a lei, os vereadores eleitos em BH e as instituições públicas em geral, incluindo o Governo de Minas em suas falas nos últimos meses, demonstrando não compreender que as soluções para os problemas de Minas, que vêm de décadas, não se resolvem com brigas, xingamentos, nem muito menos com ilegalidades", diz a nota.
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