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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Deputados vão exigir mais esclarecimentos do ministro da Educação

Parlamentares não ficaram satisfeitos com o depoimento de Victor Godoy, e avaliam que ficaram furos

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A pressão do Congresso sobre o ministro da Educação, Victor Godoy, não cessou com seu depoimento à Câmara dos Deputados. Parlamentares veem furos em suas declarações e vão exigir esclarecimentos adicionais.

O presidente da Comissão de Educação, Kim Kataguiri (União-SP), pretende pautar requerimentos de informações com as dúvidas que ficaram. Pela lei, o Executivo é obrigado a responder os requerimentos em um prazo de até 30 dias, sob a pena de cometer crime de responsabilidade em caso de descumprimento.

Victor Godoy, novo Ministro da Educação. (FOTO: Antonio Molina/Folhapress) - Folhapress

Kataguiri critica, por exemplo, a tentativa do titular do MEC de se isentar de responsabilidade pelas irregularidades denunciadas. "Ele disse que o MEC não faz a gestão do FNDE [Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação], só faz a supervisão. Então a supervisão ele está fazendo muito mal, porque tem diversas irregularidades já atestadas pelo TCU [Tribunal de Contas da União]", aponta.

Outro ponto levantando é a compra de kits de robótica para escolas que infraestrutura precária. Ele disse que não pode esperar que as escolas "estejam em perfeitas condições" para enviar "materiais de qualidade". " Primeiro, que o kit está superfaturado. E, segundo, não é a escola estar perfeita, é a escola ter banheiro para os alunos", disparou Kataguiri.

Como mostrou reportagem da Folha, o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) destinou R$ 26 milhões de recursos do MEC para a compra de kits de robótica para escolas de pequenas cidades de Alagoas que sofrem com a falta de salas de aula, de computadores, de internet e até de água encanada.

Também serão questionadas declarações sobre o orçamento da pasta. Godoy afirmou que 98% do recursos do MEC estão dependentes de emendas de relator, o orçamento secreto. "Ou seja, só 2% estão disponíveis para distribuição por critérios técnicos", afirma o deputado.

Os parlamentares também querem esclarecimentos sobre o ensino médio integral. A lei que instituiu o novo ensino médio prevê portarias para a ampliação do ensino integral, mas nenhuma é editada desde 2019.

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