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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Kassab diz que será muito difícil que terceira via emplaque após Datafolha

Para presidente do PSD, Datafolha mostra polarização consolidada entre Lula e Bolsonaro

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Para Gilberto Kassab, presidente do PSD, os números da pesquisa Datafolha mostram uma polarização consolidada entre Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL), com muita dificuldade de viabilização de um candidato da terceira via.

Nesse sentido, diz, o PSD tende a liberar os filiados a apoiarem quem preferirem nas eleições presidenciais.

"Todos sabem que eu sempre tive entusiasmo muito grande para uma terceira via como alternativa pelo PSD, primeiro com Rodrigo Pacheco, depois com Eduardo Leite. Vejo, e a própria pesquisa mostra isso, que em uma polarização tão clara, há muita dificuldade de surgir uma alternativa", diz Kassab ao Painel.

Gilberto Kassab, presidente do PSD, durante evento da Associação Brasileira de Rádio e Televisão em Brasília
Gilberto Kassab, presidente do PSD, durante evento da Associação Brasileira de Rádio e Televisão em Brasília - Pedro Ladeira-20.jun.2018/Folhapress

Ainda que veja uma tendência configurada, ele diz ser muito cedo para declarar que a terceira via fracassou. "Falta muito tempo, vamos esperar um pouquinho. Tem vezes que o cenário muda em uma semana, imagine quatro meses", diz.

Após os abandonos de Sergio Moro (União Brasil) e João Doria (PSDB), os principais representantes da chamada terceira via são Ciro Gomes (PDT), André Janones (Avante), Simone Tebet (MDB) e Luciano Bivar (União Brasil).

A pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (26) mostrou Lula com 21 pontos percentuais de vantagem sobre Bolsonaro, liderando a disputa presidencial com 48% das intenções de voto no primeiro turno, ante 27% do principal adversário.

O ex-presidente venceria a eleição de 2022 no primeiro turno se o pleito fosse hoje, com 54% dos votos válidos, ante 30% do presidente.

Para Kassab, o movimento de subida de Lula e queda de Bolsonaro é reflexo da situação econômica do país e também está relacionado à atuação do atual presidente durante a pandemia.

Bolsonaro recomendou remédios sem eficácia, disseminou informações falsas sobre vacinas, fez piadas a respeito de pessoas contaminadas com Covid-19 e falhou em oferecer estrutura médica adequada para tratar de todos os pacientes.

"Os números mostram aquilo que todos previam. A economia está trazendo enormes dificuldades para o Bolsonaro, pois é a principal preocupação dos brasileiros. O nível de desemprego continua muito alto, a inflação, em especial nas camadas menos favorecidas, também é expressiva e dificulta a recuperação do poder aquisitivo. Ouvimos infelizmente as histórias de pessoas que não comem mais carne, que trocam carne por ovo. Tem o problema do combustível. Tudo contribui para a pesquisa", lista o ex-prefeito.

"O Datafolha mostra que o presidente não se recuperou do péssimo desempenho que teve na pandemia, que chocou a todos", completa.

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