Integrantes do PSDB deliberaram nesta terça-feira (17) convocar uma nova reunião para quarta-feira (18), desta vez com o ex-governador João Doria, para tratar do impasse sobre a candidatura presidencial do partido. Doria, no entanto, resiste a comparecer, alegando que não há tempo hábil para se deslocar de São Paulo a Brasília, e que ele já tem outros compromissos.
A reunião da Executiva Nacional de terça foi marcada pelo presidente do partido, Bruno Araújo, após Doria divulgar carta alegando ser um golpe às prévias a manutenção das articulações com partidos de centro com base em pesquisas de opinião. O assunto acabou não sendo tratado nesta terça. Ficou para quarta-feira.
Antes mesmo do fim do encontro, o advogado eleitoral Arthur Rollo, contratado pelo ex-governador, apontava nulidade em qualquer deliberação da Executiva justamente porque Doria não foi convidado.
"Qualquer assunto que trate do João ele tem direito de participar. Ao não convidá-lo, houve violação ao direito do contraditório", disse o advogado ao Painel.
Rollo apontou ainda como nulidade a convocação genérica para o encontro. A pauta divulgada referia-se apenas a discussão de assuntos gerais. Fora isso, defende o advogado, a Executiva não tem permissão do estatuto para se sobrepor às prévias.
Diante da dificuldade de Doria de se deslocar a Brasília, a Executiva propôs os candidatos a governador e líderes no Congresso irem a São Paulo, ao encontro dele, para falar da disposição da maioria em manter as conversas com partidos de centro. Não tinham encontrado ainda uma data compatível.
Na reunião, a bancada paulista presente considerou que a carta de Doria a Araújo foi um erro.
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