Entre os primeiros atos como governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB) mandou desmontar um cenário construído por João Doria (PSDB) para conceder entrevistas coletivas no jardim do Palácio dos Bandeirantes.

Rodrigo, com perfil mais discreto em comparação a Doria, considerou que aquele palco atrapalha a vida de quem circula diariamente pelo Palácio, na zona sul da capital. O atual governador também se esforça para se descolar da imagem do seu antecessor.

Doria havia optado pela estrutura metálica, revestida por tecidos, e uma parte do gramado forrada por tapetes verdes como uma cópia da Casa Branca, nos Estados Unidos.

Além das tendas, o jardim recebeu telão e palanques, com divisórias feitas em peças de acrílico, ventiladores e toda a infraestrutura para equipes de comunicação operarem a captura de imagens e sons da entrevista.

Em nota ao Painel nesta segunda-feira (23), o governo paulista afirma que "as agendas de entrevistas e coletivas de imprensa do governador Rodrigo Garcia continuam sendo realizadas normalmente no Palácio dos Bandeirantes, independentemente do formato. Inclusive, os jornalistas são avisados previamente por meio de Avisos de Pauta", diz um trecho.

"A própria equipe da Folha já participou de coletivas no Palácio dos Bandeirantes após Rodrigo Garcia ter assumido o posto de governador", completa.

Doria estreou o cenário em fevereiro deste ano, quando ainda tinha pretensões de concorrer à Presidência da República.

A ideia teve a participação de marqueteiros e da equipe de comunicação do tucano. No entanto, o cenário desagradou funcionários, acostumados com a coletiva em um saguão de alvenaria e com toda estrutura pronta.

O então governador paulista realizava coletivas com uma frequência quase semanal desde o início da pandemia de Covid-19, em março de 2020.