O líder do governo no Senado, Carlos Portinho (PL-RJ) disse que não pediu recentemente e nem pretende pedir para que parlamentares retirem suas assinaturas para a abertura de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar as suspeitas sobre o Ministério da Educação.
Segundo Portinho, a estratégia do governo será outra: convencer o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), de que há outras CPIs na fila e que qualquer nova comissão próximo das eleições serviria apenas de palanque político.
"O governo não negocia cargos. Isso foi conversado com o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e a Casa Civil, que concordaram comigo. Eu pedi isso lá em abril, quando também coletava assinaturas para abrir uma CPI com o objetivo de apurar irregularidades em obras públicas do PT e que também ainda está aguardando, mas agora não o fiz", disse.
Ele afirmou ser a favor de se investigar tudo, mas que "corrupção é corrupção" e que não seria justo pular a fila de pedidos de CPI privilegiando um grupo ao outro. "Falei isso com o Pacheco também e ele entendeu o meu ponto".
O senador criticou ainda a atuação do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que encabeçou a coleta de assinaturas e protocolou nesta terça-feira (28) o requerimento para a instalação da comissão.
"Ele [Randolfe] parecia que era o presidente da Casa hoje. Mas ele não vai correr sozinho, agora ele tem alguém para marcar em cima. Mas não vai ser pedindo para retirar assinaturas. Randolfe quer que eu me desgaste fazendo isso e eu não vou fazer", disse.
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