Petistas ligados à campanha de Fernando Haddad ao governo de São Paulo dizem não ver qualquer chance de concretização da aliança entre Márcio França (PSB) e Rodrigo Garcia (PSDB).
Como mostrou o Painel, o ex-governador encontrou-se na segunda-feira (30) com Rodrigo Maia (PSDB) e Paulinho da Força (presidente do Solidariedade, encarregado de tentar ampliar o arco de alianças de Lula até a centro-direita) para tratar dessa possível aproximação. A reunião aconteceu na casa de Wilson Pedroso, coordenador de campanha de Garcia.
No estado, o PT não abre mão de lançar Fernando Haddad, assim como França tem reafirmado que não desistirá de sua pré-candidatura, o que colocou os partidos diante de um impasse.
Os aliados de Haddad afirmam que há otimismo em relação a um acerto para que França seja candidato ao Senado pela chapa. Caso fracasse, dizem crer que o pessebista disputará o Governo de SP. A hipótese de que ele saia para o Senado com o apoio do PSDB e mantendo o apoio a Lula é vista como irreal.
"É uma fantasia. Não enxergo qualquer possibilidade de um acordo como esse", diz Luiz Marinho, presidente do PT-SP. Sobre o encontro de França com tucanos para discutir o assunto, afirma que conversar é importante para fazer uma boa análise de conjuntura. Marinho e outros dizem que Garcia quer muito o apoio do ex-governador, mas não tem o que oferecer em troca.
França disse ao Painel que, se Garcia estiver disposto a optar por Lula, acredita que o movimento será "útil para ele próprio e para o país."
"Sempre estou disposto pelo Brasil. Pro Brasilian Fiant Eximia [pelo Brasil façam-se grandes coisas]. Um governador de São Paulo é sempre um agente político importante. Suas decisões têm repercussão. João Doria já é um passado triste a ser esquecido. Na barca da Democracia cabe sempre mais um", acrescentou.
O pessebista disse, no entanto, não acreditar que Garcia esteja preparado para essa decisão.
"Decisões assim, fortes, como fez Alckmin, são pra protagonistas. É hora de separar os homens dos meninos", concluiu.
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