O vereador Senival Moura (PT-SP), alvo de uma investigação da polícia sobre uma suposta ligação com a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), procurou o presidente da Câmara Municipal de São Paulo, Milton Leite (União Brasil), para dizer que é uma vítima do processo
O vereador também disse que está à disposição das autoridades e pediu para que seu mandato popular seja respeitado, ou seja, para que nenhum processo de punição, suspensão ou cassação seja iniciado antes que a investigação avance e ele possa mostrar que, segundo ele, não se envolveu em qualquer atividade ilícita.
"Ele alega ser vítima e diz que colabora com tudo. Ele, Senival, diz ser vítima, repetidas vezes, e quer o direto de se defender. Ele quer, ao contrário, proteção. Ele afirma que a tentativa de crime poderia ser contra ele também, que perdeu linhas e também ônibus", afirma Leite.
O presidente da Câmara também afirma que precisaria de elementos concretos derivados da investigação sobre Moura para tomar qualquer medida na Câmara, que ainda não existem, segundo ele.
"A Câmara está observando o caso desde a divulgação das notícias, mas a polícia não apresentou até agora nada que nos permita tomar alguma atitude, seja o Legislativo ou o Executivo. Não estou defendendo a empresa nem o vereador. Se tiver alguma medida a tomar, vou tomá-la no momento certo. Mas preciso ter algum motivo", afirma Leite.
Os policiais realizaram na manhã de quinta-feira (9) uma operação para apurar a suposta participação do crime organizado no transporte urbano na capital paulista. Entre os alvos estão integrantes da direção da Transunião, empresa que atua na zona leste e que teria o vereador como um de seus fundadores.
Moura também é suspeito de envolvimento na morte de Adauto Soares Jorge, ex-presidente da cooperativa, e na lavagem de dinheiro do PCC, de acordo com a polícia. Duas pessoas foram presas na operação.
Em nota, o vereador afirmou após a operação que se surpreendeu com a ação policial e negou envolvimento com os casos investigados.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.