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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Descrição de chapéu congresso nacional

Aliados de prefeito de SP comemoram 'cochilo' bilionário da oposição sobre Campo de Marte

Oposição diz que não houve desatenção, mas estratégia; projeto liberou quase R$ 24 bi para a cidade

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Aliados do prefeito Ricardo Nunes (MDB) comemoraram o que viram como desatenção da oposição no Congresso na tramitação do projeto de lei que abriu crédito suplementar de quase R$ 24 bilhões referentes ao acordo entre União e Prefeitura de SP sobre o Campo de Marte. Parlamentares refutam a suposta comida de bola.

O projeto de lei foi votado em globo (conjuntamente com outros), sem obstrução, na terça-feira (12). Na Câmara Municipal, o texto sobre o tema sofreu oposição dos vereadores do PT, que classificaram o projeto relacionado como "cheque em branco", disseram que faltava transparência a respeito da destinação dos recursos e criticaram a iniciativa de passar quase a integralidade do terreno do Campo de Marte para a União.

Aeronave no Campo de Marte, aeroporto dedicado a atividades e voos particulares
Aeronave no Campo de Marte, aeroporto dedicado a atividades e voos particulares - Rubens Cavallari-3.set.2021/Folhapress

O texto foi aprovado rapidamente no Congresso desde que foi protocolado, em abril. Líder da oposição no Congresso, Afonso Florence (PT-SP) diz que não houve qualquer desatenção, mas, sim, estratégia parlamentar de conseguir a inclusão de dispositivos que consideravam importantes na votação em bloco.

"Tínhamos o objetivo de incluir no bloco alguns dispositivos, um deles o de que limitou em até 15% a contratação de crédito pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. O FNDCT estava sendo utilizado pelo mercado como empréstimo e não fomentava a ciência e a tecnologia. E a gente sabia que não aprovaria no voto em plenário aberto. Em relação ao Campo de Marte, tínhamos uma conjuntura de aspectos em avaliação, mas não tínhamos posição contrária", afirma Florence.

"O que acontece é que, como não temos maioria, para a gente conseguir aprovar alguma coisa a gente anui com algumas coisas. O que a gente aprova, não aprovaríamos sozinhos. O que a gente anui, eles aprovariam sozinhos. O que acontece na prática é que a gente facilita a tramitação", completa.

São Paulo deixará de pagar mais de R$ 200 milhões por mês em dívidas ao governo federal como parte do acordo. Para os aliados de Nunes, as cifras pavimentarão o caminho do prefeito para a reeleição em 2024.

"Esse assunto estava represado há anos e ter conseguido aprová-lo demonstra o reconhecimento de sua importância por parte, inclusive, da oposição. Afinal, a partir de agora, a cidade de São Paulo terá mais condições de investimentos para reduzir as desigualdades", diz o deputado federal Alexandre Leite (União Brasil), que participou da costura do acordo entre prefeitura e governo federal.

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