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Descrição de chapéu Folhajus chuva

MP de SP cobra prefeitura por plano de riscos de enchentes e deslizamentos

Promotora afirma que procedimento é necessário diante da falta de ação do poder público

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O Ministério Público do Estado de São Paulo abriu um inquérito civil para acompanhar a elaboração do Plano Municipal de Redução de Riscos (PMRR) de deslizamentos de encostas, enchentes e desastres.

A promotora de Justiça Denise Cristina da Silva, na abertura do procedimento, determina que o prefeito Ricardo Nunes (MDB) informe em até 30 dias se o plano já foi elaborado, como determina o Plano Diretor Estratégico de São Paulo.

Segundo ela, o inquérito é necessário "considerando que a elaboração e a execução de plano de contingência e de obras de segurança, procedendo às remoções necessárias nas áreas suscetíveis à ocorrência de deslizamentos de grande impacto, inundações ou processos geológicos ou hidrológicos correlatos, são deveres do Poder Público, sendo fato notório que tal dever não tem sido cumprido".

Policiais militares empurram ambulância que ficou presa na enchente na zona sul de São Paulo
Policiais militares empurram ambulância que ficou presa na enchente em Parelheiros, zona sul de São Paulo - Reprodução/TV Folha

A manifestação da promotora se deu a partir da provocação do Gabinete da Cidade, uma iniciativa do PSB municipal, presidido pela deputada federal Tabata do Amaral. A líder comunitária Mayara Torres articulou com a representação com o Laboratório de Gestão de Riscos da UFABC (LabGRis), a Rede Nossa São Paulo, o Youth Climate Leaders, o Movimento Moradia Missionária / Cidade Ademar e o Movimento Sem Teto do Centro.

Eles afirmam que após oito anos da existência do PMRR, a prefeitura sequer concluiu a primeira etapa para a elaboração do plano, que seria a publicação de um termo de referência para contratar a empresa ou fundação para a tarefa.

O grupo também procurou informações, por meio da Lei de Acesso à Informação, na Secretaria Municipal de Segurança Urbana, que afirmou realizar mapeamentos geológicos, mas não ter "conhecimento técnico" para responder se há um sistema de monitoramento e alerta e quando será publicado o edital para a contratação de quem fará o PMRR.

Procurada, a prefeitura informou não ter sido comunicada ainda da abertura do inquérito, disse estar à disposição do Ministério Público e acrescentou que o mapeamento das áreas de risco geológico é atualizado constantemente pela Defesa Civil.

Declarou ainda que o termo de referência para a contratação da empresa que fará o plano, com sugestões de medidas estruturais e não estruturais com base em um diagnóstico de riscos, está em fase de revisão e será publicado ainda no segundo semestre de 2022.

"De acordo com último levantamento, são 496 áreas mapeadas na cidade, das quais 21 já estão em condição de estabilidade e não apresentam mais riscos. Atualmente, os técnicos da Defesa Civil monitoram 475 áreas em toda a cidade, com estimativa de 177.332 moradias", afirmam.

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