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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Na Fiesp, Lula defende fortalecer sindicatos e ouve pedidos de reindustrialização

Ex-presidente cobrou alinhamento à sua candidatura, que chamou de democrática, em contraposição a Bolsonaro

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São Paulo

Em reunião com empresários na sede da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) nesta terça-feira (5), Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cobrou que o setor se alinhe à sua candidatura, que chamou de democrática, em contraposição à de Jair Bolsonaro (PL), autoritária.

O petista também defendeu o fortalecimento de sindicatos e de mecanismos de negociação coletiva em futura revisão da reforma trabalhista em um eventual novo mandato petista.

A pré-campanha de Lula tem defendido a ideia de uma mesa de negociação tripartite entre sindicatos, empresários e governo para revisar pontos considerados negativos na reforma trabalhista. Ponto considerado dos mais polêmicos, o retorno do imposto sindical não é cogitado.

Lula disse no encontro que sua passagem de oito anos pela Presidência o credencia a fazer um novo governo com credibilidade, previsibilidade, transparência e responsabilidade fiscal.

Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante lançamento de sua pré-candidatura à Presidência
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante lançamento de sua pré-candidatura à Presidência - Marlene Bergamo-7.mai.2022/Folhapress

Josué Gomes, presidente da Fiesp, falou no encontro sobre a necessidade de reindustrialização do Brasil e apontou caminhos como a redução de custos de financiamento, a ampliação de linhas de crédito e o fortalecimento de bancos públicos, especificamente o BNDES.

Ele apresentou levantamento segundo o qual a indústria responde por 11% do PIB e arca com 28% da carga tributária.

A empresária Luiza Trajano, presidente do conselho de administração do Magazine Luiza, defendeu a valorização do poder de compra da população mais pobre por meio do fortalecimento de programas de transferência de renda, o que ajudaria a aquecer internamente a economia, aos moldes do que aconteceu por meio do Bolsa Família durante as gestões de Lula.

Josué Gomes, presidente da Fiesp - Federação das Indústrias do Estado de São Paulo
Josué Gomes, presidente da Fiesp - Federação das Indústrias do Estado de São Paulo - Divulgação

Jacyr Costa, do grupo Tereos, ligado ao setor agrícola, disse que o Brasil precisa diminuir sua dependência de outros países em relação a insumos e fertilizantes por meio do estímulo da produção nacional.

Também foram chamados para a reunião outros representantes de destaque da elite empresarial brasileira, como Luiz Carlos Trabuco Cappi (Bradesco), Carlos Alberto Sicupira (3G Capital) e João Moreira Salles (Itaú Unibanco).

Articuladores do encontro por parte da coordenação de campanha de Lula avaliaram a conversa como positiva, com a possibilidade de que se repita em outros formatos. Foi aventada a possibilidade de organização de ciclos de debate sobre os temas discutidos.

A Fiesp foi uma das instituições que se posicionaram mais firmemente em favor do impeachment de Dilma Rousseff (PT) e, sob o comando de Paulo Skaf, promoveu manifestações contra a então presidente.

Josué Gomes, que assumiu a federação em julho de 2021, é filho de José Alencar, que foi vice-presidente de Lula. Sua chegada ao comando da Fiesp favoreceu a reaproximação com o PT e outros setores e organizações progressistas que tinham pouco espaço com o antecessor.

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