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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Descrição de chapéu Rússia

No Brasil, secretário de Defesa dos EUA faz chamado à ação contra a Rússia

Llloyd Austin participa de conferência em Brasília; Bolsonaro defende neutralidade no conflito com Ucrânia

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São Paulo

Em apresentação nesta terça-feira (26), em Brasília, o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, pretende fazer uma crítica dura à Rússia pela invasão da Ucrânia e convocar os países das Américas a se organizarem contra o país comandado por Vladimir Putin.

Austin está no Brasil para participar da Conferência de Ministros de Defesa das Américas, que começou nesta segunda-feira (25), na capital federal. O presidente Jair Bolsonaro (PL) é um dos poucos líderes do Ocidente a defender a neutralidade no conflito e a comemorar com frequência sua aliança com Putin.

A fala de Austin, intitulada "Fortalecimento da Dissuasão Integrada: Ar, Terra, Mar, Espaço e Ciberespaço", está marcada para as 16h, e tem como mote a coordenação de esforços dos ministérios da Defesa nas Américas contra ataques de agentes criminosos de diversos tipos na região, como terroristas, ciberterroristas e financiadores da pesca ilegal.

O secretário da Defesa Lloyd Austin em encontro com primeiro-ministro da Ucrânia
O secretário da Defesa Lloyd Austin em encontro com primeiro-ministro da Ucrânia - Brendan Smialowski - 21.abr.2022/AFP

No esboço de sua apresentação, o secretário de Defesa diz que a Rússia representa uma "ameaça aguda" através de sua "invasão brutal e não provocada à Ucrânia", o que demonstra a necessidade de "um chamado à ação mais amplo e estratégico para neutralizar coletivamente as influências revisionistas e autoritárias contra um sistema internacional estável e aberto."

"Como países integrantes das Américas que se beneficiam da paz e estabilidade que a democracia proporciona ao nosso hemisfério, podemos reconhecer que na luta perene para alcançar e sustentar a democracia e a liberdade, a Ucrânia e o seu povo estão na linha de frente", continua o esboço do texto de Austin.

A apresentação do secretário de Defesa faz referência à importância das Forças Armadas na preservação das instituições democráticas nas Américas.

Em discurso na manhã desta terça (26), Llloyd afirmou que as Forças Armadas dos países da América devem estar sob "firme controle civil" e fez um discurso em defesa da democracia e do Estado democrático de Direito.

Como mostrou o Painel, o ministro da Defesa do Brasil, general Paulo Sérgio Nogueira, deve assinar na quinta-feira (28) uma declaração com o compromisso de respeitar a democracia no Brasil.

O compromisso consta de esboço da Declaração de Brasília, documento que deverá ser assinado por Nogueira ao fim da conferência.

A CMDA é o maior evento do tipo nas Américas e acontece uma vez a cada dois anos. Nele, os ministros da Defesa se reúnem para elaborar uma declaração conjunta com compromissos e prioridades em suas áreas de atuação.

No esboço da declaração de Brasília, o texto destaca como primeiro item a reafirmação do "compromisso de respeitar plenamente a "Carta da Organização dos Estados Americanos (OEA), assim como a Carta Democrática Interamericana e seus valores, princípios e mecanismos."

A Carta Interamericana, de 2001, foi assinada pelos países membros da OEA como compromisso coletivo de preservação da democracia na região. Em seu primeiro artigo, ela diz que "os povos da América têm direito à democracia e seus governos têm a obrigação de promovê-la e defendê-la."

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