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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Descrição de chapéu Folhajus universidade

Ato pela democracia deve virar livro, e grupo pretende continuar após as eleições

Celso Campilongo, diretor da Faculdade de Direito da USP, diz que ideia é criar fórum permanente em defesa da democracia

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São Paulo

Segundo o diretor da Faculdade de Direito da USP, Celso Fernandes Campilongo, um livro a ser lançado ainda em setembro deve reunir artigos, comentários, textos diversos e fotografias relacionados ao ato em defesa da democracia realizado nesta quinta-feira (11), em São Paulo.

Campilongo, que participou da organização da manifestação e discursou, diz ao Painel que a ideia é que a publicação aconteça o mais rápido possível, com a meta de que aconteça em setembro.

"Temos algumas ideias para o futuro. Não podemos perder a energia dessa corrente tão forte que se formou. No curto prazo, queremos reunir artigos, comentários, vídeos, de todo mundo que falou a respeito da carta e do evento nas últimas semanas. E foi muita coisa. Queremos reunir fotografias desse evento tão marcante. E publicar ainda em setembro, o mais rápido possível, um livro contando a história desse ato épico na faculdade", afirma.

Diretor da Faculdade de Direito da USP, Celso Fernandes Campilongo, durante a leitura dos manifestos pela democracia
Diretor da Faculdade de Direito da USP, Celso Fernandes Campilongo, durante a leitura dos manifestos pela democracia - Danilo Verpa-11.ago.2022/Folhapress

O diretor acrescenta que, no médio prazo, a ideia é que o grupo que se reuniu para a elaboração da carta e a organização do ato continue mobilizado sob a forma de um fórum permanente em defesa da democracia.

"Ainda que nós tenhamos mudanças na condução política e ideológica do Brasil, acho que a minoria de perfil autoritário continuará mobilizada. Então a defesa da democracia não tem que ser uma coisa do dia 11 de agosto. Não tem que ser uma coisa do dia da eleição. Tem que ser permanente. E eventos deste tipo podem servir como uma semente para um fórum permanente de defesa da democracia", argumenta.

Campilongo descreve o evento como uma "festa cívica com a cara do Brasil".

"Teve gente de todos os setores sociais, econômicos, políticos. Foi um ato plural, multicultural, multiétnico. É uma alegria sem tamanho que tudo tenha acontecido com muita tranquilidade e também firmeza em defesa da democracia", conclui.

Lida nesta quinta (11), a carta iniciada na Faculdade de Direito da USP já foi assinada por mais de 960 mil pessoas.

O movimento, a menos de dois meses do primeiro turno das eleições, é considerado um marco simbólico na reação da sociedade civil à escalada de ameaça às instituições promovida por Bolsonaro, que insufla apoiadores para saírem às ruas no 7 de Setembro, data do Bicentenário da Independência.

Segmentos que estavam inertes perante as intimidações por alinhamento ao bolsonarismo ou receio de represálias, sobretudo no ambiente empresarial e financeiro, decidiram aderir às mobilizações.

A "Carta às brasileiras e aos brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito" remete à histórica "Carta aos Brasileiros", apresentada em ato público em agosto de 1977, na mesma Faculdade de Direito da USP, que marcou a luta contra a ditadura militar (1964-1985) e por redemocratização.

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