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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Bolsonaristas encaram manifestos com ironia e desprezo, diz levantamento

Relatório da FGV com dados do Twitter mostra rechaço a cartas pró-democracia

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Os manifestos em defesa da democracia foram recebidos com desprezo e ironias por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) nas redes sociais, segundo levantamento feito pela Diretoria de Análise de Políticas Públicas da Fundação Getulio Vargas (FGV DAPP). Os dados, coletados no Twitter entre 25 de julho e 2 de agosto, correspondem a 1,9 milhão de interações.

O presidente Jair Bolsonaro participa de reunião no metaverso no Palácio da Alvorada - @jairbolsonaro no Twitter

Segundo o relatório, a bolha da direita bolsonarista foi responsável por 52,72% desses tuítes. "O grupo formado por lideranças políticas, jornalistas e influenciadores ligados ao presidente Jair Bolsonaro criticou as cartas em defesa da democracia, com destaque para um tuíte irônico do presidente dizendo que assinou a carta, que teve o maior volume de compartilhamentos dentro do grupo", afirma o relatório.

Também houve referências ao fato de o organizador de um dos manifestos, o presidente da Fiesp, Josué Gomes, ser filho do ex-vice-presidente de Lula, José Alencar.

Os perfis pró-Bolsonaro afirmaram ainda que o presidente vai vencer as eleições ainda no primeiro turno e divulgaram a convocação para o ato do dia 7 de setembro como um exemplo de compromisso com a democracia.

Já a esquerda foi responsável por 32,54% das interações no período. Nesse grupo, destacou-se a desistência da candidatura do deputado federal André Janones (Avante-MG) e seu apoio a Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

"Menções ao favoritismo de Lula nas pesquisas eleitorais e comparações entre o seu governo e o governo Bolsonaro, especialmente com relação ao preço dos alimentos e dos combustíveis, também compõem o debate dentro do grupo", afirma o relatório.

Por fim, os chamados perfis da "terceira via", com apoiadores de Ciro Gomes (PDT) à frente, tiveram 13,94% das interações.

"O grupo formado por lideranças políticas e jornalistas criticou a ausência de Bolsonaro e Lula no primeiro debate eleitoral", afirma o relatório. Os dois candidatos, contudo, ainda avaliam participar do evento, marcado para 28 de agosto.

"Os usuários ainda expuseram seus motivos para votarem no presidenciável e argumentaram que Lula e Bolsonaro representam um mesmo projeto e tem poucas diferenças", diz o documento da FGV.

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