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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Bolsonaro exige ser entrevistado pelo JN no Alvorada, mas Globo rejeita

Emissora diz que busca tratar todos os candidatos com igualdade de condições

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A campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) colocou como condição para participar da sabatina do Jornal Nacional dar a entrevista no Palácio do Alvorada. A TV Globo, no entanto, rejeita o pedido, o que pode gerar um impasse.

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O então candidato Jair Bolsonaro em debate realizado pela Rede TV e revista Isto É, em São Paulo (SP) em 2018 (Foto: Diego Padgurschi/Folhapress) - Folhapress

A assessoria de Bolsonaro usa como argumento o fato de que essa deferência foi concedida a outros presidentes que disputavam a reeleição, como os petistas Luiz Inácio Lula da Silva em 2006 e Dilma Rousseff em 2014.

"É absolutamente justo e natural que o presidente em exercício, caso opte por participar das sabatinas televisivas, que elas ocorram onde ele desejar. A tradição dos veículos demonstra exatamente isso", publicou no Twitter o ex-ministro Fábio Wajngarten, um dos integrantes da campanha.

Em nota, a Globo diz que logo após a eleição de 2014 definiu que todas as entrevistas em anos eleitorais seriam feitas em seus estúdios.

"A medida buscou demonstrar que todos os candidatos são tratados em igualdade de condições", declarou a emissora, que acrescenta que o calendário de todas as entrevistas foi informado aos partidos em abril deste ano.

"Ontem e hoje, o PL solicitou que as entrevistas com o presidente Jair Bolsonaro, candidato à reeleição, fosse feita no Palácio da Alvorada. A Globo rejeitou o pedido em face dos motivos aqui expostos". O prazo para Bolsonaro conceder uma resposta encerra-se à meia-noite desta quinta-feira (4).

Conforme adiantou o Painel, Bolsonaro daria a entrevista, com duração prevista de 40 minutos, em 22 de agosto. Na mesma semana, falariam Simone Tebet (MDB), Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Ciro Gomes (PDT). Outro pedido de Bolsonaro era transmitir a sabatina em suas redes sociais.

O presidente tende a participar dos debates organizados pela Band e pela CNN.

Em reunião na terça-feira (2), o comando da campanha avaliou que a exposição pode ser benéfica para ajudá-lo a encostar em Lula nas pesquisas de intenção de voto. Bolsonaro teria concordado com a avaliação.

Seus auxiliares pretendem aplicar uma espécie de treinamento ao presidente, mas não sabem se ele toparia. Umas das preocupações é ele se exaltar ou parecer agressivo com a apresentadora Renata Vasconcelos. Bolsonaro se esforça para reduzir a rejeição no eleitorado feminino.

O presidente continua, no entanto, resistente em participar do debate organizado pelo pool de veículos da mídia impressa.

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