O empresário Meyer Nigri, alvo da operação da PF (Polícia Federal) deflagrada nesta terça-feira (23), foi um dos fiadores da escolha de Augusto Aras para a PGR (Procuradoria-Geral da República). A informação é do livro "O fim da Lava Jato", dos jornalistas Bela Megale e Aguirre Talento.
Segundo relatam, quando Aras trabalhava por sua nomeação pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), uma reportagem revelou uma festa oferecida por Aras em sua residência, à qual foram convidadas lideranças petistas como o ex-ministro José Dirceu, condenado pelo mensalão e pela Lava Jato, e o ex-presidente do PT Rui Falcão.
Na ocasião, o atual PGR passou a ser criticado pela militância bolsonarista, e seus auxiliares acreditavam que a indicação havia naufragado. Nesse momento, detalha o livro, o apoio de Nigri foi fundamental e ele tornou-se um fiador da candidatura de Aras.
A Polícia Federal cumpriu na manhã desta terça-feira mandados de busca e apreensão contra empresários que teriam defendido um golpe caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ganhe as eleições. A informação foi revelada pelo portal Metrópoles.
A assessoria da Tecnisa, empresa da qual Meyer Nigri é dono, informou que a companhia não fala em nome de seu proprietário e que ele "não é porta-voz da empresa".
"A Tecnisa é uma empresa apartidária, que defende os valores democráticos e cujos posicionamentos institucionais se restringem à sua atuação empresarial", informou, por meio de nota.
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