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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Ex-ministros e juristas se solidarizam com agentes feridos por Roberto Jefferson

Em carta, especialistas afirmam que a gestão de Jair Bolsonaro 'fomenta a insegurança com seu discurso de armar a população' e defendem voto no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva

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Ex-ministros, juristas e policiais divulgam nesta segunda-feira (24) carta em que criticam o desmonte nas políticas de segurança pública no governo de Jair Bolsonaro (PL), defendem voto no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e se solidarizam com os agentes da Polícia Federal feridos pelo ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) neste domingo (23).

O documento foi articulado pelo presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Renato Sérgio de Lima. Assinam a carta 91 pessoas, entre elas os ex-ministros Miguel Reale Jr. (Justiça) e Izabella Teixeira (Meio Ambiente), advogados como Pedro Abramovay e Pierpaolo Bottini, a cientista política Ilona Szabó de Carvalho e o procurador de São Paulo aposentado José Afonso da Silva.

Ex-deputado Roberto Jefferson (PTB)
Ex-deputado Roberto Jefferson (PTB), condenado no escândalo do Mensalão e que feriu policiais federais neste domingo (23) - Adriano Machado/Reuters

"Gostaríamos de manifestar nossa solidariedade aos policiais federais, alvejados no estrito cumprimento de suas funções, em um grave atentado contra suas vidas e o Estado Democrático de Direito, neste último dia 23 de outubro, na cidade de Comendador Levy Gasparian, no interior do Estado do Rio de Janeiro", escrevem, ao final do documento.

Na carta "Segurança Pública: em defesa da Vida e da Cidadania", os ex-ministros, juristas e policiais afirmam que a gestão Bolsonaro não possui uma política nacional de segurança pública efetiva e "fomenta a insegurança com seu discurso de armar a população e o de incentivar a truculência e a violência estatal."

Segundo eles, o governo Bolsonaro não deu atenção às necessidades das forças de segurança e descuidou das fronteiras. Eles citam desmontes em políticas de enfrentamento à lavagem de dinheiro e de rastreamento dos bens das organizações criminosas, além da fragilização das políticas de prevenção e de combate à violência contra mulheres, crianças e adolescentes.

"A Segurança Pública não pode ficar à mercê de posições partidárias que desconsiderem conquistas no controle do crime, da violência e da corrupção", argumentam. "Por isso, apoiamos candidatos que, como Fernando Haddad, em São Paulo, ou Renato Casagrande, no Espírito Santo, se comprometeram com a manutenção do que dá certo."

Os subscritores defendem que não há antagonismos entre polícias e direitos humanos. "Se queremos acabar com a epidemia de violência que assistimos em nosso país ao longo das últimas décadas e reduzir de vez a impunidade, precisamos sair do discurso fácil e vazio e partir para ações concretas que protejam nossa população, respeitem direitos, reduzam o medo, o pânico e a violência", dizem.

"E, por tudo isso e em nome de um projeto de nação verdadeiramente preocupado com segurança, vida e justiça social, é que nós, ex-ministros, ex-secretários, policiais, operadores da justiça e pesquisadores em segurança pública, manifestamos publicamente nossa decisão pelo voto no candidato Luiz Inácio Lula da Silva no segundo turno desta eleição, marcado para o dia 30."

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