Dois gigantes das empresas de segurança privada no Brasil se destacam entre os doadores de campanha de Tarcísio de Freitas (Republicanos).
O ex-ministro tem priorizado a área de segurança na campanha, com promessa de retirar as câmeras das fardas de policiais e engajar-se para que o Congresso aprove a redução da maioridade penal e o fim da "saidinha" de presos em datas comemorativas.
Um dos doadores é Arnaldo Costa Vargas, dono da AutoDefesa Brasil, empresa com faturamento anual de R$ 500 milhões e 7.000 funcionários. Ele doou R$ 200 mil para a campanha.
O sócio de Vargas na empresa é Nelson Santini Neto, mais conhecido como Tenente Santini, que foi vereador em Campinas. Ele é um dos principais conselheiros de Tarcísio na área de segurança e é cotado para assumir a pasta da Segurança Pública em caso de vitória.
Tarcísio participou de eventos patrocinados pela AutoDefesa Brasil, e a empresa está entre as prestadoras de serviço de sua campanha.
Washington Cinel foi outro que doou para a campanha de Tarcísio no segundo turno. O dono da Gocil contribuiu com R$ 300 mil.
A Gocil tem faturamento acima de R$ 1,2 bilhão e mais de 24 mil funcionários. Os laços políticos de Cinel que se tornaram mais conhecidos são com João Doria (PSDB) —ele segue até hoje como presidente da área de segurança do Lide, grupo de empresários comandado pelo ex-governador.
Mas o empresário se aproximou de Bolsonaro e seus aliados nos últimos anos. Em 2021, foi anfitrião de jantar do presidente com empresários para tratar da pandemia da Covid-19 e a compra de vacinas pelo setor privado.
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