As investidas de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) contra o Banco Central não devem ter respaldo na ala centrista de sua coalizão de governo.
Presidente do PSD, Gilberto Kassab, diz que as críticas do presidente são esperadas, mas defende manter a independência da instituição, como manda lei aprovada em 2021.
No MDB, este ponto constou do programa de governo de Simone Tebet, atual ministra do Planejamento. "Combater a inflação de forma permanente, com política fiscal responsável, contribuindo de forma positiva para a efetividade da política monetária sob comando do Banco Central independente", diz o plano dela para a eleição presidencial do ano passado.
O União Brasil tampouco respalda a mudança no formato defendida pelos partidos de esquerda.
Há semanas, Lula vem criticando a atuação do BC na definição dos juros. Nesta segunda-feira (6), ele disse que o patamar atual da taxa "é uma vergonha".
"Não existe justificativa nenhuma para que a taxa de juros esteja em 13,50% [ela está na verdade em 13,75%]. É só ver a carta do Copom para a gente saber que é uma vergonha esse aumento de juro", disse Lula.
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