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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Grupo de grandes empresários pede impeachment de Gilmar Mendes

Com nomes como Flávio Rocha e Luciano Hang, movimento também defende reforma da Previdência

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São Paulo

Depois de mover esforços no Legislativo em defesa da reforma da Previdência, o ativismo de empresários reunidos no movimento chamado Brasil 200 parte agora para o Judiciário.

Uma coordenadora do movimento em Santa Catarina protocolou na quarta-feira (10) no Senado um pedido de impeachment do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes.

Sabrina Avozani, autora do pedido de impeachment, escreve que Gilmar Mendes profere suas decisões com "parcialidade" e "atua em benefício de investigados e de partidos políticos".

O movimento Brasil 200 é liderado por Flávio Rocha (Riachuelo) e tem nomes como Luciano Hang (Havan) e João Appolinário (Polishop).

"A conduta recente do ministro do Gilmar Mendes não é condizente com o cargo", diz Gabriel Kanner, que dirige o movimento Brasil 200.

A Folha mostrou em dezembro que disparou nos últimos anos o número de requerimentos de impeachment de componentes do STF. Foram 23 entre 2015 e o fim de 2018. O ministro com mais pedidos de afastamento no período foi Gilmar Mendes, com uma dezena de pedidos de afastamento.

Recentemente, o grupo de empresários atuou no Legislativo, com o lançamento da Frente Parlamentar Brasil 200 e um termo de cooperação com o Ministério de Direitos Humanos. Começa agora o ativismo no Judiciário.

O movimento Brasil 200 assume o pedido de impeachment de Gilmar Mendes como parte das iniciativas do grupo. Mas nem todos os membros concordam com a solicitação para a queda do ministro. Após a publicação da informação pela Folha, o empresário Luciano Hang procurou a coluna Painel S.A. para dizer que, embora ele se identifique com o Brasil 200 nos esforços pela reforma da Previdência, ele não concorda com o pedido de impeachment do ministro.

"Jamais pediria o impeachment de um ministro do Supremo. Os três poderes são autônomos e eu confio nos três poderes. Jamais fui a uma passeata contra o Gilmar", disse.

Hang afirma que Appolinário e Rocha também não são signatários do abaixo assinado pela solicitação de impeachment.

"Esse movimento Brasil 200 é como se fosse uma grande empresa. Alguém tomou uma decisão, e nós [dissemos]: 'opa, opa, tira o nosso nome dali'", disse o dono das lojas de departamento Havan.

A assessoria de imprensa do Movimento Brasil 200 também divulgou uma nota nesta sexta-feira (12) recuando das informações fornecidas à coluna Painel S.A. na noite anterior. A nota reitera que o pedido de impeachment é da coordenadora do movimento Brasil 200 no estado de Santa Catarina, conforme informou a coluna, mas diz que os empresários que fazem parte do grupo "não têm qualquer relação com essa petição".

Leia a coluna completa aqui.

com Igor Utsumi e Paula Soprana

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