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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Brasil perde dinheiro da ONU para combate à fome no campo

Investimentos de US$ 45 milhões para apoiar pequenos agricultores estão congelados

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São Paulo

O Brasil perdeu US$ 45 milhões em projetos financiados pelo Ifad (Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola), agência da ONU de combate a pobreza e fome no campo.

Investimentos de US$ 20 milhões no Maranhão e US$ 25 milhões no Ceará para instalar cisternas e apoiar pequenos agricultores, entre eles comunidades indígenas e quilombolas, estão congelados por falta de aprovação da Cofiex, a comissão de financiamento externo do Ministério da Economia.

No Maranhão, a capacidade de pagamento é insuficiente para ter a União como avalista do empréstimo internacional. “O estado tinha nota B, mas a metodologia mudou em 2018. Caiu para C e perdeu a condição”, disse Júlio Mendonça, secretário de agricultura familiar.

A estimativa é que o projeto atenderia 100 mil famílias, incluindo comunidades indígenas e quilombolas.

O Ceará está reelaborando o documento para o pleito de financiamento porque a Cofiex alterou critérios de aceitação em 2018, segundo o secretário de desenvolvimento agrário, Francisco Diniz.

Os recursos seriam usados em uma iniciativa já existente, o projeto Paulo Freire, com entrega de cisternas e capacitação. O programa atende população rural de 31 municípios que correspondem 18% da área do Ceará, segundo a secretaria.

Claus Reiner, diretor do Ifad no Brasil, diz que é uma perda para o país. A entidade tem seis projetos em andamento aqui, em estados como Piauí e Bahia. Começaram entre 2013 e 2015 e terminam até 2020, podendo haver extensão. A carteira total abrange US$ 500 milhões. 

Como o Brasil é considerado um país de renda média alta, entre as nações contempladas pelo fundo, a instituição exige contrapartida para demonstrar comprometimento com o esforço de investimento. 

Procurado, o Ministério da Economia diz que a avaliação da Cofiex considera aspectos financeiros e técnicos.

Real Após fazer uma licitação internacional para o fornecimento de todos os valores de moedas, mas receber proposta só para R$ 0,05 e R$ 0,50, o Banco Central passará a fabricação para a Casa da Moeda.
Cofrinho Se a brasileira não puder atender, será feito um processo emergencial com outros fabricantes. A ideia é evitar que falte troco. 

Patinho feio Considerada a fatia menos atrativa do leilão da Avianca, o Programa Amigo começa a despertar interesse de investidores. O motivo é o banco de dados do sistema de fidelidade, com 6 milhões de clientes cadastrados.

Em suspenso A realização do pregão, inicialmente previsto para esta terça-feira (7), ainda é incerta, porque a Justiça concedeu liminar a uma credora da Avianca que pedia a suspensão do leilão. Caso ocorra, porém, o evento deverá ter lances pelo ativo.

De tudo A ideia dos interessados é transformá-lo em um programa de benefícios generalista, a exemplo do Dotz.

Previdência Os aplicativos de transporte gostaram do aceno do governo federal com o decreto que está no forno para para regulamentar a inscrição de motoristas como contribuintes individuais do INSS.

Uberização Protagonistas de um mercado em que os profissionais não têm vínculo empregatício —embora algumas decisões judiciais determinem o contrário—, as empresas defendem a regulamentação. Até participaram da elaboração do decreto para incluir os profissionais nas regras da Previdência.

Agência Se o relatório da MP que cria a autoridade nacional de proteção de dados não for votado nesta semana pela comissão mista do Congresso, a norma pode perder a validade. De autoria do deputado Orlando Silva, o parecer tem um prazo de 15 dias para análise no Senado antes da votação final em 3 de junho.

Bicho O Brasil é o segundo maior mercado para o varejo de pet no mundo. O setor movimentou R$ 34,4 bilhões em 2018 e empregou 2 milhões de pessoas, segundo o Instituto Pet Brasil, que consolidou dados do ano passado.

Provocações A Huawei instalou placas gigantes perto de lojas e anúncios da Samsung na Austrália e em Dubai. A chinesa quer ameaçar a liderança da concorrente sul-coreana na fabricação de smartphones.

Com Paula Soprana e Ivan Martínez-Vargas

*Joana Cunha viajou à sede do Ifad, em Roma, a convite da Thomson Reuters Foundation

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