Sete anos após uma queda de cavalo que o fez perder o movimento dos braços e pernas, Pedro Janot, ex-presidente da Azul e da Zara, vai entrar em três novos projetos.
Escreve um livro sobre fast fashion, com sua experiência no varejo de moda, lança nas próximas semanas um canal para empreendedores jovens no YouTube e anuncia um fundo de investimento para empresas “que serão menos impactadas pelo digital”. A meta de ser “CEO da própria cura”, ele diz, foi cumprida.
Livro Responsável por trazer a Zara para o Brasil em 1998 e por fortalecer a Richards e as Americanas, Janot leva ao livro seu ceticismo quanto à onda fast fashion. Para ele, o varejo, ansioso pelo modelo que lança coleção a cada 15 dias, erra nas mesmas coisas.
Visão O mercado não está preparado porque a cadeia de suprimento têxtil é tênue, diz. “Meu livro vai trazer análise crítica baseada em todas as empresas em que fui conselheiro e consultor”, adianta.
iPhone Com evolução no movimento da mão, Janot escreve pelo iPhone. E grava, em um estúdio em casa, os vídeos para auxiliar jovens profissionais. O fundo de investimentos sai no primeiro semestre.
Desequilíbrio Mesmo fora da aviação, ele acompanha o setor de perto. As investidas de Latam e Gol sobre a Avianca, em recuperação judicial, podem desequilibrar o setor aéreo, em sua opinião.
PROSA
"Fiz projetos que não quis, reuniões que não quis, estourei os limites do meu corpo. Tive momentos depressivos, médios e ótimos. Mas os projetos são reais e mostram que sou um CEO capaz de fazer startups complexas e improváveis"
Pedro Janot, empresário
Lamber vitrine Chegou o Dia das Mães de 2019, com mais consumidores nas lojas do que o número registrado no ano passado. O volume de vendas, porém, deixou a desejar, aponta FX Retail Analytics, empresa de monitoramento de fluxo para o varejo.
Só uma olhadinha Conforme os dados de visitação entre 22 de abril e 5 de maio, o fluxo de consumidores foi 2,2% maior em relação à quinzena semelhante de 2018. O valor faturado pelas lojas caiu 8,1%.
Ocupa Presente há dois anos no Brasil, a WeWork, avaliada em US$ 47 bilhões, vai expandir para regiões além dos centros comerciais de São Paulo. Fechou contrato com a incorporadora Helbor para abrir escritórios em São Bernardo, São José dos Campos e Osasco.
Transição No Rio, os espaços de coworking estão em locais que já foram usados por empresas tradicionais como Odebrecht e Petrobras.
Fome Apesar de ainda representar menos de 1% dos escritórios da capital paulista, a ideia da empresa é “expandir para onde tiver prédio”, diz Lucas Mendes, diretor-geral.
Porta-retrato O interesse de empresas familiares em atuar fora de seus locais de origem disparou nos últimos anos, conforme um estudo da KPMG batizado de “retratos de família”, com 217 companhias de 19 estados.
No mapa Em 2016, só 27% queriam atuar fora. Agora o índice salta para 75%. O destino preferido é o Sudeste (44%). A região tinha 34% das preferências em 2017, e só 2% em 2016.
Com Paula Soprana
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