Quando veio à tona a notícia de que o autor do texto apócrifo sobre o Brasil “ingovernável” compartilhado nesta sexta (17) por Bolsonaro em redes sociais era Paulo Portinho, os corredores da CVM viraram um disse-me-disse. Portinho é analista da autarquia.
Alguns colegas se preocuparam se o tom do texto propagado pelo presidente poderia desencadear repreensão a Portinho, que tem histórico de engajamento político e já foi candidato a vereador no Rio pelo Novo. Outros procuravam nas entrelinhas sinais de inspiração do guru ideológico Olavo de Carvalho.
Procurada, a CVM afirma que as opiniões divulgadas pelo servidor em rede social são de “exclusiva responsabilidade” dele e não refletem o posicionamento da autarquia.
O texto compartilhado por Bolsonaro via WhatsApp diz que o "Brasil é governado exclusivamente para atender aos interesses de corporações com acesso privilegiado ao orçamento público" e que "fora desses conchavos, é ingovernável".
A mensagem cita ainda o "presidencialismo de coalizão" e pondera que "o Brasil nunca foi, e talvez nunca será governado de acordo com o interesse dos eleitores, sejam eles de esquerda ou de direita".
Leia a coluna na íntegra aqui.
Com Paula Soprana e Laísa Dall'Agnol
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