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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Viracopos deve receber mais duas propostas pelo aeroporto

Dentro da concessionária, expectativa é de que Inframérica apresente termos razoáveis

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São Paulo

Depois de conseguir postergar a assembleia geral dos credores, ganhando mais prazo para tentar uma solução que leve à aprovação de seu plano de recuperação judicial, a concessionária de Viracopos deve receber mais duas propostas pelo aeroporto, segundo as estimativas de quem tenta costurar um acordo para salvar o terminal da falência. Dentro da concessionária, a expectativa é que a Inframérica, que toca os aeroportos de Brasília e Natal, apresente termos razoáveis.

Noivado Até agora, a pretendente mais explícita é a operadora suíça Zurich acompanhada da gestora IG4, que vem manifestando publicamente interesse por Viracopos há um ano. A proposta, porém, contraria a Anac porque pede para mexer em pontos do contrato de concessão. Os acionistas dizem que ainda não receberam a proposta da Zurich.

Calendário A assembleia de credores, que estava marcada para quinta (16), já havia sido remarcada uma vez, em fevereiro. Após o novo pedido de adiamento, feito pelo BNDES, principal credor financeiro de Viracopos, e pela concessionária, na semana passada, a primeira chamada da reunião está prevista para 27 de junho e a segunda, para 1° de agosto.

Enquanto isso Nas últimas semanas, o aeroporto de Campinas anunciou que foi eleito o 10º melhor aeroporto do mundo em um ranking internacional, da AirHelp Score 2019, e o melhor do Brasil pela 11ª vez na pesquisa de satisfação de passageiros da SAC (Secretaria de Aviação Civil).

Aquecido A recessão aqueceu os negócios de quem trabalha com reestruturação e recuperação judicial. “O boom do mercado brasileiro até 2014 foi seguido da maior recessão, com empresas que se endividaram em dólar. Há oportunidades enormes”, diz Meton Morais, da Startboard, parceira do fundo Appollo e assessora financeira em Viracopos.

Máquina O Brasil entrou na produção em série de fintechs. Criou 231 startups financeiras de 2016 a 2018. Ao todo, o país tem 550, sendo 86,6% fundadas de 2010 a 2018. Sete em cada dez fintechs faturam até R$ 5 milhões, segundo o Distrito, empresa de inovação aberta.

Apostas Os segmentos mais explorados foram o de crédito, com 29 aberturas, o de criptomoedas, com 27, e o de meio de pagamentos, com 18.

Amor ao livro Os livros encabeçaram a lista de intenções de compra para o Dia das Mães na internet, diz a Ebit Nielsen, que analisou a previsão de aquisições antes da data.

Indulgência No aperto, a classe C já leva menos produtos na sacola quando vai às compras, mas não abre mão dos supérfluos. Apesar da estagnação do consumo, a compra de sorvete, leite fermentado, batata congelada, azeite e sobremesa pronta cresceu até 6% em 12 meses, diz a consultoria Kantar, que analisou dados no início deste ano.

Não abro mão “Em cenário de crise e endividamento, a expectativa era que saíssem da cesta produtos mais caros. Isso costumava acontecer com categorias flutuantes por volta de 2010”, diz Giovanna Fisher, diretora na consultoria.

Veio para ficar Itens menos básicos se consolidaram nos hábitos da população durante a ascensão da classe média na primeira década dos anos 2000, explica a consultoria.

Grisalho Do outro lado, os produtos mais riscados do orçamento da classe C foram bebidas à base de soja, óleos mistos ou de arroz, cloro e tintura para cabelo.

Bom gosto “É que o paladar não retrocede”, afirma Renato Meirelles, presidente do Instituto Locomotiva, especialista na classe C. Mas as marcas líderes, segundo ele, têm um cenário de competição mais duro. “Mudou a oferta de marcas. Hoje, as opções alternativas elevaram muito a qualidade. E o consumidor está com menos apego ao status”, diz.

Abro mão O governo paulista prevê renúncia fiscal de mais de R$ 70 bilhões até 2022. A renúncia, que equivale a 11,1% da arrecadação de ICMS de cada ano, será crescente até o fim do mandato de João Doria.

Com Paula Soprana

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