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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Ministério do Meio Ambiente proíbe funcionários de irem a evento sobre gestão

Servidores enviaram carta à Anamma, organizadora do fórum, lamentando a proibição

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São Paulo

Na esteira de um imbróglio na indústria de motos sobre novos limites de emissão de poluentes, o Ministério do Meio Ambiente arrumou mais um desentendimento com sua equipe.

O órgão proibiu a presença de servidores em um fórum de gestão ambiental realizado em Campinas (SP) na semana passada. Em carta à Anamma (associação de órgãos municipais do setor), que organizou o evento, os funcionários públicos lamentaram não terem sido autorizados a participar.

Gases Os organizadores do evento se opuseram ao ministro Ricardo Salles na discussão sobre poluição causada pelas motos. Uma resolução publicada na última quarta (26) endureceu a tolerância para a emissão de poluentes em modelos populares, mas os órgãos de controle se queixam de um afrouxamento para agradar à indústria.

Missiva A carta é assinada pela Associação de Servidores do Ministério do Meio Ambiente. “Como fomos informados [da proibição de participar no fórum] de maneira informal, constrangedora e sem nenhuma justificativa (conforme, infelizmente, tem sido a prática nesses últimos meses), não sabemos qual foi o critério para que nossos dirigentes tomassem essa decisão”, consta em um trecho.

Debate A discussão sobre os catalisadores das motos, que reduzem a poluição, foi um dos pivôs da discórdia. Montadoras pediam que, até 2025, a peça tivesse durabilidade de no mínimo 20 mil quilômetros rodados, enquanto entidades pleiteavam ao menos 35 mil —por um voto, com apoio de Salles, prevaleceu a primeira.

Justificativa As fabricantes argumentam que a exigência de 35 mil quilômetros foge dos padrões internacionais, o que inviabilizaria a produção de motos populares no Brasil, já que o mercado doméstico amarga vendas fracas.

Outro lado A Abraciclo (que representa as montadoras) diz que prefere não se manifestar fora do contexto técnico. O ministério também não comentou.

Quem te viu Os caminhoneiros, que travaram o Brasil no ano passado para reclamar dos custos do transporte, como frete, combustível e pedágio, receberam resignados a notícia do reajuste de 4,6%, que começa nesta segunda (1º) nas principais rodovias do estado de São Paulo. Na Imigrantes e na Anchieta, os preços chegam a R$ 27,40.

Bolso alheio “Com certeza afeta a nossa categoria. Mas esses reajustes são repassados para o consumidor final”, diz José Roberto Stringasci, da Associação Nacional de Transporte do Brasil.

Cancela A NTC, associação do transporte de cargas e logística, faz ressalva. “Quem fizer trajeto dos contêineres, de Santos a São Paulo, uma rota curta em que se gasta de pedágio quase o mesmo que de combustível, é que vai sentir o impacto. De resto, o peso não é grande”, Lauro Valdivia, assessor técnico.

Independentes Mais de 50% dos consumidores devem abrir mão de corretores para adquirir imóveis em 2040. De acordo com a Deloitte, 40% das compras de residência poderão ser realizadas integralmente pela internet.

Na rua Estão otimistas as apostas sobre os atos deste domingo (30) em desagravo ao ministro Sergio Moro. Gabriel Kanner, que representa o grupo de empresários Brasil 200, acha que o público será maior do que o da manifestação pró-governo, em maio. Para ele, a análise da soltura de Lula no STF na semana passada causou indignação nos defensores da Lava Jato.

Com Igor Utsumi e Paula Soprana
 

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