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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Por um mês, Azul pode ter a chance de ultrapassar Latam e Gol na ponte aérea

Empresa poderá se aproveitar de reforma do aeroporto carioca; companhia nega

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São Paulo

A Azul terá no segundo semestre a chance de, ao menos por um mês, dominar a rota entre os aeroportos Congonhas (SP) e Santos Dumont (RJ).

Após a crise da Avianca, a empresa entrou em forte campanha para finalmente competir na disputada ponte aérea, hoje concentrada pelas gigantes Latam e Gol.

A oportunidade pode surgir porque a pista principal do Santos Dumont vai ficar fechada para manutenção entre os dias 12 de agosto e 12 de setembro.

Avião da Azul decola de pista
Avião da Azul, que terá a chance de dominar a ponte aérea Congonhas-Santos Dumont por pelo menos um mês - Amanda Perobelli - 6.mai.17/UOL

Temporário A Infraero informou nesta semana que, no período, as companhias poderão usar a pista auxiliar, mas ela só comporta aviões de menor porte —como alguns da frota da Azul. Durante as obras, as outras empresas, em cujas frotas predominam aviões maiores, vão transferir voos para o Galeão.

Outro lado A Azul nega que usará a pista como alternativa para dominar a ponte aérea Congonhas-Santos Dumont no mês de obras. A empresa diz que também vai transferir parte de suas operações para o Galeão e que só os voos para Ribeirão Preto (SP), São José dos Campos (SP) e Campos dos Goytacazes (RJ), feitos com aeronaves ATR 72-600, ficarão no Santos Dumont.

Dá tempo As rotas são livres e a partir desta semana a Azul pode comunicar a Anac sobre eventuais mudanças. Seria um bom negócio para aproveitar a vantagem de sua frota porque os preços na ponte aérea dispararam em meio à crise da Avianca. Segundo a Anac, em abril, a alta foi de 72%, levando a tarifa média a R$ 384,21.

É guerra? Quem estava ao lado do governador paulista João Doria diz que o tucano apenas riu quando soube que sua colega do Rio Grande do Norte, a petista Fátima Bezerra, assinou nesta semana um decreto que pode zerar o ICMS sobre o querosene de aviação no estado.

Subsídio Doria, que tem sido acusado de provocar uma guerra fiscal com sua política de redução de impostos para estimular alguns setores, costuma dizer que está só equiparando as alíquotas. Em fevereiro, ele havia baixado de 25% para 12% o tributo do combustível de aviões em São Paulo.

Tô fora O decreto que extinguiu conselhos cortou três colegiados na Capes, órgão ligado ao MEC responsável pela pós-graduação. Isso significará uma economia de R$ 500 mil por mês em passagens e diárias a professores. A extinção dos colégios de humanidades, exatas e vida levou a diretora de Avaliação, Sônia Báo, que é professora da UnB, a entregar o cargo.

Conexão O Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais tem conversas avançadas com o BDC (Banco de Desenvolvimento da China) e deve ser o o primeiro regional a receber investimento da instituição, diz Sergio Suchodolski, que preside o banco mineiro. No comando há dois meses, ele foi diretor do Banco dos Brics, em Xangai, e deve estreitar laços do estado com a China.

Vai para onde? O Metrô de São Paulo planeja digitalizar a pesquisa Origem Destino, que analisa como os moradores da cidade se locomovem. Hoje, uma das etapas é feita pessoalmente, de porta em porta. A estatal deu um prazo até 18 de junho para interessados apresentarem estudos e um projeto piloto que substitua o método atual pelo uso de smartphones.

Água de beber Lá na Secretaria de Governo Digital, órgão subordinado ao Ministério da Economia que cuida dos recursos de tecnologia do governo, acharam, esses dias, uma solução para a mania das copeiras de recolher os copos de vidro das mesas no fim do expediente, deixando os que saem mais tarde morrer de sede na secura do ar de Brasília.

Chá de panela Cansado de ouvir reclamações dos colegas, Joelson Vellozo, diretor da área de experiência do usuário, juntou a sede com a vontade de beber: presenteou a equipe com uma coleção de copos estampados com a marca da secretaria, “GOV.BR”. Antes que alguém pergunte, os copos não foram comprados com recursos públicos. Ele avisa que pagou do bolso.

Copo personalizado encomendado no Ministério da Economia. Nele, se lê "gov.br"
Copo personalizado encomendado no Ministério da Economia - Acervo pessoal

com Igor Utsumi e Paula Soprana

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