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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Reação de Neymar à crise foi mal calculada, segundo especialistas

Apesar de alto retorno, patrocínio de atletas é considerado investimento de risco

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São Paulo

Após quase uma semana de desdobramentos da acusação de estupro sofrida por Neymar, especialistas em marketing esportivo avaliam que a reação do jogador à crise de imagem foi mal calculada.

“Alguém como ele, que fatura mais de US$ 100 milhões por ano, tem que ter assessoria 24 horas até para interagir individualmente no Instagram. Não pode haver esconderijo”, diz Amir Somoggi, da Sports Value. “Não basta só ir a evento e assinar camisa, é preciso ser porta-voz.”

Na balança Mesmo com a coleção de polêmicas como a agressão a um torcedor e a recente acusação de estupro, o retorno proporcionado pelo jogador de futebol brasileiro segue elevado, afirma Somoggi. “Ele ainda se comunica como ninguém com jovens de 8 a 18 anos, é imbatível.”

Aposta Para Libia Macedo, professora da ESPM, patrocinar alguém é sempre um investimento de risco. “É colocar dinheiro em um ser humano que pode não ter as reações e a performance que deveria. Não sei até que ponto as marcas vão suportar o risco, mas talvez estejamos perto do limite com Neymar”, afirma.

Tratamento Na esteira dos programas de incentivos setoriais, o governo de São Paulo resolveu liberar a suspensão do ICMS na importação de produtos usados no tratamento de doenças crônicas, como artrite reumatoide, psoríase, doenças inflamatórias intestinais, câncer de mama, esclerose múltipla, entre outras.

Paciente A medida não favorece diretamente o consumidor final, que pode receber o tratamento pelo SUS, mas beneficia empresas que têm contratos de PDP (Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo) com o Ministério da Saúde. Na prática, é uma simplificação tributária que ajuda o fluxo de caixa das companhias.

Marcha lenta O objetivo, segundo governo e indústria farmacêutica, é estimular a produção local de medicamentos biológicos, um sonho antigo do setor que teve avanço muito lento nos últimos anos. Antes, é preciso fazer a importação dos medicamentos para transferência de tecnologia. 

1 estrela  Levantamento do site Reclame Aqui com mais de 21 mil pessoas mostra que 25% dos consumidores já avaliaram um produto ou serviço na internet sem tê-los adquirido de fato, seja com estrelas ou comentários. 

Questão de imagem Outros 33,5% dizem que já foram abordados por alguma empresa para deixar uma opinião de um item que jamais compraram.

Cara Dois dias antes de falar em moeda única com a Argentina, Bolsonaro comentou no SBT outro projeto envolvendo o dinheiro brasileiro. Ao apresentador Ratinho confirmou que há estudos para trocar as cédulas de R$ 100 e R$ 50. Para o presidente, com isso, “quem tem dinheiro guardado por aí vai ter que se virar” e “botar para rodar o recurso”. 

Ou coroa Por ora, é só intenção. O Ministério da Economia diz que, até agora, “não houve encaminhamento ao Conselho Monetário Nacional de proposta de alteração das cédulas de real”. A Casa da Moeda também não recebeu demandas do Banco Central.

Ansiedade Philipp Schiemer, presidente da Mercedes-Benz no Brasil e da Câmara Brasil-Alemanha, diz que a demora com a reforma da Previdência preocupa os empresários. “A longo prazo é importante que passe, hoje ou em dois meses, mas na microeconomia [o atraso] faz diferença.”


Prosa

Retrato do executivo usando terno e camisa sem gravata, em frente a parede de mármore
Philipp Schiemer, presidente da Câmara de Comércio Brasil-Alemanha e da Mercedes-Benz no Brasil - Marcus Leoni - 11.set.18/Folhapress

“Sem a reforma, mesmo se houver um aumento da demanda, [os empresários] não vão empregar mais. Eles vão esperar. Vão preferir pagar horas-extra
Philipp Schiemer
presidente da Câmara de Comércio Brasil-Alemanha e da Mercedes-Benz no Brasil

com Igor Utsumi e Paula Soprana; colaborou Arthur Cagliari

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