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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Vazamento da Lava Jato reativa preocupação de privacidade em empresas

Cabe às empresas regular como funcionários trocam informações corporativas

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São Paulo

A repercussão do vazamento das conversas entre o ex-juiz Sergio Moro e o procurador Deltan Dallagnol reativou nas empresas o debate sobre tráfego de informações profissionais em aplicativos de uso privado, como Telegram e WhatsApp.

Especialistas em direito digital estimam que o vazamento deve elevar a demanda por serviços de privacidade. Apesar do avanço na regulamentação de proteção de dados, há processos que dependem só de regulação interna das empresas.

O ex-juiz Sergio Moro e o procurador federal e coordenador da Lava Jato no MPF, Deltan Dallagnol
O ex-juiz Sergio Moro e o procurador federal e coordenador da Lava Jato no MPF, Deltan Dallagnol - Jorge Araújo/Folhapress

VazaJato A escolha da tecnologia que servirá à comunicação de profissionais deve ser uma das principais preocupações para a direção corporativa. “Nem sempre o serviço grátis é o adequado. É preciso ter em mente o risco: as contas de WhatsApp e Telegram não são da empresa”, diz Adriano Mendes, advogado de direito digital e empresarial. 

Contexto Segundo ele, já existe a conscientização entre empresários de que a “internet julga mais rápido que a Justiça” e, por isso, é preciso ter políticas de proteção. “Depois da Lava Jato, muitas empresas grandes optam por reuniões físicas”, diz Mendes.

Risco “Já fizemos programas de políticas empresariais para determinar se os funcionários devem se comunicar por email e se terão celulares protegidos, por exemplo. No geral, há pouco controle”, diz Hélio Moraes, do PK — Pinhão & Koiffman Advogados.

Patrimônio... O Brasil 200, grupo de empresários simpatizantes do governo Bolsonaro, saiu em defesa de Moro no episódio do vazamento das conversas pelo The Intercept. Para Gabriel Kanner, presidente do grupo, a Lava Jato é um “patrimônio nacional” e foi um “divisor de águas” na política brasileira. 

...nacional “Os ataques ao ministro Sergio Moro e à Lava Jato beneficiam exatamente os bandidos que saquearam o Brasil no maior esquema de corrupção da história do mundo”, diz Kanner.

Paixão nacional A agência Africa criou um site para vender cervejas Brahma apenas a quem compra o pacote pay per view de futebol. A ideia do Pay Per Beer é entregar latas já geladas com o escudo do time do assinante, até uma hora antes do jogo.

Crânio Das 40 mulheres que serão premiadas pela IBM na quarta (12) pelo pioneirismo no uso de inteligência artificial em seus negócios, apenas uma é brasileira: Walkiria Marchetti, diretora de tecnologia e informação do Bradesco, que usou a plataforma Watson para criar seu assistente pessoal virtual.

Sirene Projetos de lei e de emendas criados após as tragédias de Mariana (MG) e Brumadinho (MG) aumentariam em US$ 50 milhões (cerca de R$ 194 milhões) o custo das mineradoras de bauxita, metal usado na produção de alumínio. O cálculo é da associação setorial Abal.

Ressalvas A entidade diz ser favorável à maior fiscalização de barragens, mas critica parte das propostas feitas após a catástrofe. “A maioria propõe aumento de tributos e encargos, são simplesmente medidas arrecadatórias, que não trarão segurança”, afirma Milton Rego, presidente da Abal.

Grandeza A Ericsson estima que a adoção da tecnologia 5G renderá 1,9 bilhão de assinaturas de internet de banda larga móvel em 2024, 400 milhões acima da projeção do fim de 2018. A multinacional prevê que a cobertura atingirá 45% da população mundial no período.

Lanterna A América Latina, no entanto, dará um passo mais lento em relação aos EUA, à Europa e à Ásia, segundo Marcos Scheffer, vice-presidente de redes da marca. A penetração de 5G no continente deve ser só de 7% em cinco anos. A boa notícia é que o Brasil deve puxar a expansão.

Reajuste Empresas de turismo de negócios estão com dificuldades para reajustar preços, segundo a Abracorp (associação do setor). O motivo é a escalada das passagens aéreas, motivada pela redução da oferta da Avianca Brasil, em recuperação judicial. De acordo com a entidade, a alta foi de 25% na comparação entre abril deste ano e de 2018.

Com Igor Utsumi e Paula Soprana

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