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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Com votação da Previdência, empresários elogiam Maia e falam em 'novo Brasil'

Defensor da reforma, setor privado se surpreendeu com placar e vê Congresso a favor de agenda liberal

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São Paulo

Alívio, alegria, até euforia foram algumas das palavras usadas por empresários na noite desta quarta (10) ao ver o placar de 379 votos pela reforma da Previdência no primeiro turno da Câmara.

“O país necessitava sair do discurso de urgência de reformas que nunca se concretizavam”, disse Chaim Zaher, do grupo SEB de educação. “Agora é o momento de responsabilidade de todos: políticos, empresários. Que os interesses individuais não se sobreponham aos do país”, afirmou.

Deputados favoráveis comemoram a aprovação da reforma da Previdência
Deputados favoráveis comemoram a aprovação da reforma da Previdência - Pedro Ladeira/Folhapress

Passo adiante Para Antonio Carlos Pipponzi, presidente do conselho da Raia Drogasil, que até poucos meses atrás dizia que a não aprovação da reforma seria um desastre, o que acontece agora é “um passo fundamental para o governo acelerar o envio das propostas que impactarão a economia no curto prazo”. 

Caminhos Paulo Skaf (Fiesp) diz que está aberto o caminho para tempos de menos incertezas e mais geração de emprego, renda e investimentos. Mas pondera: “precisamos garantir que os destaques a serem votados não comprometam a economia necessária para os próximos dez anos, na casa de R$ 1 trilhão, e que o texto seja também aprovado no Senado”. 

Prova Rogelio Golfarb (Ford) viu o resultado como “a prova de que é possível, sim, mudar o futuro econômico do país”.

Agradecido Luciano Hang (Havan), que nos últimos meses se posicionou como uma espécie de garoto propaganda pela reforma, viu o placar como “prova da maturidade do povo, que foi às ruas pedir a aprovação”. Segundo ele —que também divulgou vídeo nas redes sociais agradecendo aos deputados e ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia— o Brasil vai voltar a crescer.

Ufa! Aldo Leone Filho, da Agaxtur, agência de viagens, disse ter sentido alívio e esperança de que vêm por aí condições para um impulso nos negócios. “Novo Brasil, câmbio baixo e muitas viagens. Estou animado e aliviado por aqui, e acreditando na democracia”, disse. 

Agora vai Alexandre Pierantoni, sócio da consultoria Duff & Phelps no Brasil, estima que a aprovação da reforma já deve começar a destravar investimentos estrangeiros por aqui porque sinaliza que a agenda liberal está ganhando força no Congresso. 

Próxima batalha Georges Ebel, do IFL (Instituto de Formação de Líderes) chamou a votação desta quarta de “momento histórico” e lembrou que o próximo desafio é a reforma tributária.

Macaquinho Tem feito sucesso e até causado ciumeira entre corretoras um perfil de redes sociais batizado de Monkey Stocks. A premissa é simples: a cada semana, o dono da página sorteia cinco ações do Ibovespa e compara os ganhos com os de outras carteiras.

De galho em galho A cesta aleatória acumula alta de 28,61% desde 21 de janeiro, acima do próprio Ibovespa e até de seleções semanais de outras corretoras.

Bananas O publicitário Marcelo Alemi, idealizador do perfil, diz que não se trata de uma recomendação de investimentos. “É uma brincadeira num tom educativo, porque esse mercado está super em alta. O que mais tem é gente que tenta enganar investidores, dizendo ter um segredo que ninguém sabe”, diz ele.

Primata A brincadeira é inspirada em diferentes pesquisas e textos. Um dos mais famosos é da década de 70, do professor americano Burton Malkiel, que escreveu em um livro que um macaco vendado atirando dardos nas páginas de finanças de um jornal poderia montar um portfólio tão bom quanto um especialista.

Silêncio Profissionais de empresas de grande porte são os que menos denunciam casos de assédio sexual no ambiente de trabalho, segundo a Talenses. Cerca de 34% já relataram o ocorrido, percentual que sobe para 35% nas pequenas e 41% nas médias. É também nas grandes que os casos são menos investigados, de acordo com a consultoria, que entrevistou 3.215 funcionários.

Prescrição A dinamarquesa Leo Pharma calcula aumentar de 1 milhão para 4,5 milhões a venda de unidades de medicamentos no país após a compra do portfólio de dermatologia clínica da Bayer, diz o presidente Haig Yeghiaian.

Dados Passada a votação da Previdência, o terceiro setor vai alinhar com deputados uma frente para tentar derrubar os vetos de Bolsonaro à lei da autoridade de proteção de dados, considerados fruto de pressão empresarial.

Com Igor Utsumi e Paula Soprana

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