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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Empresas propõem projeto piloto para testar reforma tributária

CCiF, responsável pela proposta encampada na Câmara, foi procurado para uma simulação

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São Paulo

O CCiF (Centro de Cidadania Fiscal), do economista Bernard Appy, foi procurado para montar um laboratório de testes em uma empresa de verdade. A instituição embasa o modelo de reforma tributária encampada pelo deputado Baleia Rossi (MDB-SP) na Câmara.

A ideia é ensaiar como o IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) de Appy funcionaria na prática, comparando os resultados. O centro, no entanto, não firmou parceria para fazer simulação com empresas.

Bernard Appy, de camisa e paletó, segura microfone e fala durante evento
O economista Bernard Appy, um dos idealizadores da proposta de reforma tributária encampada na Câmara - Reinaldo Canato - 10.abr.2019/Folhapress
 

É complexo “O CCiF não considera produtivo esse tipo de simulação, tendo em vista as inúmeras distorções regionais e setoriais vigentes no atual sistema tributário brasileiro”, afirma a entidade, em nota.

Voluntários Um dos que se candidataram para ser cobaia é o deputado Alexis Fonteyne (NOVO-SP). “Eu ofereci a minha empresa, que é pequena, como estímulo, mas teríamos que simular também com uma grande, uma do comércio, da construção, de vários setores. Testar antes de levar para a sociedade.”

Piloto A grande demanda do setor privado, segundo Fonteyne, é que a reforma seja fácil de implementar. “O Brasil não pode ter mais uma experiência como o e-Social, que foi um desastre. A proposta é que antes pratiquemos a tributária em ambiente fechado, como faz qualquer empresa de software, em modo beta.”

Viajantes Na semana passada, o ministro Sergio Moro embarcou em voo da Azul de Viracopos para Fort Lauderdale, nas férias com a família. Nesta semana é o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, quem escolhe o trajeto.

Fora de mão Quem decola com frequência por lá se pergunta por que autoridades desse calibre se deslocariam até o aeroporto de Campinas para fazer uma conexão.

Na bagagem O Ministério da Justiça afirma que opção pela rota foi o menor preço da passagem. A assessoria de Maia não comenta. 

Autoestima Questionado sobre o motivo da preferência, o aeroporto de Viracopos diz apenas que “foi eleito pelos passageiros o melhor aeroporto do Brasil no primeiro trimestre de 2019 na pesquisa de satisfação da Secretaria de Aviação Civil”.

Engordou A gestora digital Vitreo, dos sócios Patrick O’Grady, George Wachsmann e Ilana Bobrow, chegou aos dez meses com R$ 1,7 bilhão sob gestão e 32 mil clientes. A maior parte do volume (R$ 1,1 bilhão) foi alocada em um fundo de fundos de Previdência.

Adesão O plano do movimento Nas Ruas e do grupo de empresários Brasil 200 de organizar em setembro um ato em defesa de seu imposto único ainda não teve adesão das outras entidades que protagonizaram os últimos grandes protestos.

Fica em casa Para Adelaide Oliveira, do Vem Pra Rua, a reforma tributária precisa antes ser discutida porque não há consenso entre as propostas manifestadas na Câmara, no Senado e no governo. “Ainda não estamos prontos. Vamos terminar o serviço que começamos, a Previdência”, diz ela.

Imagem A líder do Vem Pra Rua avalia que “por maldade” a imagem da CPMF tem sido atrelada à proposta tributária do Brasil 200. “A única coisa que se aproxima da CPMF é que ela recai sobre movimentação financeira. Absolutamente, não é um imposto novo. É substituição”, diz.

Gigante adormecido Quem torce pela vitória da versão concorrente de reforma, aquela encampada pelo deputado Baleia Rossi com base na proposta do economista Bernard Appy, acha graça ao imaginar o povo na rua pedindo a volta da CPMF.

Fim horroroso Em recuperação judicial, o Hopi Hari resolveu apostar mais fichas em eventos. O já tradicional Hora do Horror, que neste ano acontece de 8 de agosto a 3 de novembro, elevou o investimento para R$ 2,8 milhões, segundo a empresa.

Horror sem fim O parque espera receber 10 mil pessoas por dia de evento, com shows de 150 atores e quatro túneis do horror —um deles terá esguicho de sangue artificial pelo trajeto.

Roda-gigante Para melhorar as finanças, o parque também decidiu manter a série Hopi Pride, focada no público LGBT. O festival chega à quarta edição, no esforço de alcançar a meta de 900 mil visitantes em 2019 —350 mil a mais do que no ano passado. 

Montanha-russa O Hopi Pride 2019 será no dia 23 de novembro, com estimativa de público de 15 mil pessoas. 

com Igor Utsumi e Paula Soprana

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