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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Profissionalização do futebol feminino elevará salários, diz sócio da Penalty

Só visibilidade pode atrair patrocinadores e aumentar remuneração, afirma ele

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Defensor de remuneração mais alta para jogadoras de futebol, Roberto Estefano, presidente do conselho da Cambuci, dona da marca de itens esportivos Penalty, diz que a Copa do Mundo feminina, encerrada no domingo (7), deve impulsionar a profissionalização da modalidade no país, atraindo recursos e elevando salários.

“Tem de ter visibilidade para atrair patrocinadores e para as jogadoras começarem a ganhar o que deveriam ganhar. Sem divulgação, não tem patrocinador”, diz ele.

Transição O momento para o futebol feminino, diz, é bem melhor que o passado recente. “Nos anos 1990, criamos chuteira, luva e calção femininos, mas não tinha mercado. Agora a coisa vai consolidar.”

Iguais A marca, que já patrocinou 36 clubes, hoje só banca atletas. No seu elenco feminino, o maior nome é Amandinha, melhor jogadora de futsal do mundo. “Pago a ela o mesmo que aos jogadores da seleção brasileira de futsal.”

Diferentes O executivo defende medidas para combater a diferença de remuneração entre homens e mulheres no esporte, mas reconhece que “entre jogadores, há uma diversidade de valores, tudo depende da força mercadológica, baseada no retorno para a marca”.

Só no futuro Para Estefano, o ano para o varejo esportivo será fraco, mas 2020 pode ter reação se a Nova Previdência for aprovada neste ano. “Está todo o mundo esperando a reforma, mas os efeitos só serão sentidos no ano que vem.”


Prosa

"As [atletas] mulheres estão usando material unissex. Esquece isso de fazer modelo de cor rosa. Não funciona, elas querem igualdade. Estávamos trabalhando em uma bola mais leve, mas elas não quiseram."
Roberto Estefano, da Cambuci, dona da Penalty

Roberto Estefano, presidente do conselho de administração da Penalty. - Gabriel Cabral/Folhapress

Holerite A Refit, antiga Refinaria de Manguinhos, em recuperação judicial, pagou quase R$ 123 milhões para advogados em 2018, mais de três vezes o gasto com recursos humanos.

A refinaria teve prejuízo de R$ 177 milhões no ano. Credores reclamam que ela patrocina o monumento ao Cristo, no Rio, e gastou R$ 19,5 milhões com publicidade. 

Bolsa de apostas A escolha de Martha Seillier, da Infraero, para substituir Adalberto Vasconcelos na secretaria do PPI (Programa de Parcerias e Investimentos) é vista no órgão como sinal de força do ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, entre as apostas para comandar a Casa Civil em eventual dança das cadeiras no Planalto. Sinal Seillier teria sido indicação de Freitas. O PPI foi transferido recentemente do guarda-chuva da Secretaria de Governo para a Casa Civil.


Convite Cris Arcangeli (Beauty’in), Edgard Corona (Smart Fit) e João Appolinário (Polishop) são alguns dos convidados para o evento de apresentação da proposta de reforma tributária do grupo de empresários Brasil 200, terça (16), no Hotel Unique, em São Paulo.

Versões Antes do desfecho da reforma da Previdência, proliferam esforços pela tributária. O Senado decidiu nesta terça (9) também apresentar uma PEC, enquanto o deputado Baleia Rossi avança na Câmara naquela idealizada pelo economista Bernard Appy, no modelo do imposto sobre o valor agregado (IVA). 

Ponto Para o empresário Flavio Rocha (Riachuelo), do Brasil 200, o IVA “caminha rapidamente para a obsolescência” na “economia uberizada”. Já Appy diz que “nenhum país relevante que tem IVA está pensando em abandoná-lo”.

Atraso Enquanto se evoluía na Câmara a tentativa de iniciar a votação da Previdência nesta terça, um grande empresário comentava no Whatsapp: “Em tese, nem é tão boa notícia. Apenas deixamos de quebrar no curto prazo. Já era para estar resolvido em 2017, não fosse o Joesley Day.”

com Igor Utsumi, Paula Soprana e Ivan Martínez-Vargas

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