O governo optou por não vender ativos do FI-FGTS (fundo que investe em projetos de infraestrutura com recursos do trabalhador) para evitar que liberação do FGTS prejudicasse a construção civil. Quem diz isso é Vladimir Teles, subsecretário de política macroeconômica.
E diz que a medida até seria possível, mas após uma série de simulações, a diretoria do FGTS entendeu que era possível compensar os saques só com melhor alocação de recursos e limites como o teto de R$ 500 para cada conta.
“Nos últimos meses e no ano passado, o volume de saques do FGTS foi menor que o previsto. Houve certa sobra em caixa. Os R$ 40 bilhões que vamos liberar para as pessoas sacarem é o que estava sobrando”, diz ele.
O subsecretário cita um exemplo simples para explicar o ajuste na alocação de recursos:
"Suponha que a eu tenha dez laranjas e minha colega, dez bananas. Somos proibidos de trocar entre nós. O que vai acontecer é que, depois que eu comer umas três laranjas, não vou aguentar mais ver a fruta na minha frente. Se pudéssemos trocar, nós dois sairíamos ganhando", diz.
"Na economia, quando há barreiras que impedem a decisão de pessoas, a alocação de recursos é prejudicada. Nós estamos tirando uma barreira para famílias usarem os recursos como quiserem."
Leia a coluna na íntegra aqui.
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