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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Bolsonaro e Macron brigam, mas negócios evoluem na fronteira com a Guiana Francesa

Ponte para o território francês terá operação temporária sem tarifa aduaneira

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São Paulo

Pão francês Enquanto Bolsonaro e Macron se provocam nas redes sociais, a fronteira entre Brasil e Guiana Francesa evolui nos negócios. Até sexta (30), a ponte binacional terá sua primeira operação com o chamado ATA Carnê, mecanismo de admissão temporária de bens, e sem tarifa aduaneira. O território francês vai receber por dois meses um caminhão escola do Senai com máquinas para um curso de padaria em instituição local. Os brasileiros vão ensinar os franceses a fazer pães. 

Construindo pontes As trocas na fronteira vêm se intensificando nos últimos meses, desde que foi feita a primeira exportação brasileira à Guiana Francesa pela ponte sobre o rio Oiapoque, que foi inaugurada há mais de dois anos, mas demorou para resolver suas questões aduaneiras.  

Rodagem “Nos primeiros três meses de funcionamento, foram 57 operações de exportação do Brasil para a Guiana Francesa e uma importação da Guiana para o Brasil”, diz Christiane Aquino Bonomo, cônsul-geral adjunta do Brasil na Guiana Francesa. 

Caminhos Também turbinou o turismo. Desde o dia 1º de agosto, a ponte passou a funcionar das 8h às 18h, diariamente, e o fluxo de veículos franceses subiu de 60 para 150.

Bem passado Depois de uma seca de cinco anos sem inaugurações, a churrascaria Fogo de Chão vai voltar a abrir restaurantes no Brasil. Alberto Wachholz, diretor para o país, afirma que o novo dono da empresa, o fundo Rhône Capital, que comprou a rede em 2018, decidiu investir no Brasil mesmo com economia ruim.

Ao ponto O plano é investir cerca de R$ 20 milhões até o fim de 2020 e abrir ao menos um restaurante em São Paulo e outro no Rio. Há quatro regiões em análise na capital paulista. Se aparecerem terrenos com custo atrativo, o número pode subir, diz Wachholz. 

Fiquei americanizado Desde que teve seu controle adquirido pelo fundo GP, em 2006, a Fogo de Chão apostou em internacionalização e se tornou maior no exterior do que no Brasil. Nos Estados Unidos, por exemplo, são 44 unidades. 

Brasil brasileiroNas Casas Bahia há estudos para usar a canção “Aquarela do Brasil”, de Ary Barroso, em seus anúncios na Semana do Brasil, a Black Friday brasileira. Procurada, a companhia não confirma.

Mês Criador da Semana do Brasil, o governo também terá campanha publicitária, que entra no ar dia 1º com a mensagem de que o Brasil não tem data comercial em setembro.

Memória Voltou a circular no governo uma informação de que poucos se lembram: em 1999, Rodrigo Maia (DEM-RJ), hoje presidente da Câmara, votou a favor da manutenção da CPMF. À época, ele era deputado pelo PFL. Presidente do DEM em 2007, Maia derrubou uma nova tentativa da prorrogação do imposto, em oposição ao governo Lula, na campanha “Xô CPMF”. 

Estudos Enquanto se prepara para a sabatina no Senado, Eduardo Bolsonaro encontrou-se com José Roriz Coelho, vice-presidente da Fiesp, nesta quarta (28). Quis saber sobre a indústria e a competitividade internacional.  

Celeiro Polêmicas em torno de queimadas e desmatamento na Amazônia não abalarão a economia do Brasil diante do mundo. A opinião é do presidente da Bosch na América Latina, Besaliel Botelho. Para o executivo, os países preferem o sucesso brasileiro porque muitos dependem de sua intensa produção agrícola. 

Mão invisível “Eu acho que, no final, o que vai prevalecer é a lei do mercado e a demanda do agronegócio”, afirma Botelho. Os recentes impactos negativos, diz ele, serão resolvidos em médio e longo prazo.


Prosa 

"Ninguém no mundo quer que o Brasil não dê certo. Todos querem que dê certo porque somos o celeiro do mundo"
Besaliel Soares Botelho, presidente da Bosch na América Latina

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