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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Empresários discordam sobre resultado do PIB

Números divulgados pelo IBGE mostram retomada de economia mas ainda são tímidos

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Horizonte Embora tenha superado as expectativas, o resultado do PIB nesta quinta-feira (29) dividiu opiniões entre líderes empresariais. Injetou algum ânimo, mas permanece a dose de cautela. "Não vejo perspectiva de o PIB se mover de forma sustentável até o fim de 2020. Existe uma inércia acumulada de desconfiança por conta da lentidão com que os projetos transformadores estão caminhando no Congresso", disse Antonio Carlos Pipponzi, presidente do conselho da Raia Drogasil. 

Tijolo com tijolo Para João Miranda, diretor-presidente da Votorantim, os números apresentados pelo IBGE mostram o início de uma retomada do investimento privado e sinais positivos na construção civil. "Ainda que o ritmo de recuperação seja modesto, de forma geral, a leitura é positiva", diz o executivo. 

Pisando em ovos Chaim Zaher, presidente do grupo educacional Seb, diz ter confiança no ministro Paulo Guedes e em sua equipe, mas a fala do empresário é prudente. "A economia no mundo e no Brasil não nos deixa totalmente seguros em relação ao futuro. A preocupação continua", diz. 

Musculação "Encorajador." Foi esse o adjetivo usado por Ricardo Lacerda, diretor-presidente do banco BR Partners. "O importante agora é essa recuperação ganhar corpo para podermos entrar em 2020 em um ritmo mais forte, próximo de 2% a 2,5% ao ano", afirma. 

Quero emprego "O resultado positivo vai ao encontro do anseio dos brasileiros para a necessidade de retomada do crescimento", diz José Seripieri Junior, da Qualicorp. 

Narrativa O economista-chefe do banco Fator, José Francisco de Lima Gonçalves, vê a repercussão do PIB como favorável para o governo. "Principalmente porque foi visto por muitos como argumento para defender resultados práticos das reformas, sem que isso seja um consenso", afirma o economista.

Diplomacia empresarial Paulo Skaf vai fazer um almoço na Fiesp nesta segunda (2) para falar da questão ambiental com 30 representantes de companhias europeias com operação por aqui e brasileiras com negócios por lá.

Panos quentes No almoço, o presidente da Fiesp vai apresentar os dados levantados pelo comitê extraordinário que a entidade criou nesta semana para estudar o cenário da destruição ambiental no Brasil. A ideia é que os presentes levem as conclusões para acalmar os ânimos lá fora. Skaf já se encontrou com Bolsonaro para relatar a estratégia.

Ops Houve um pequeno ruído no site oficial da Semana do Brasil, o evento de descontos que o governo criou para funcionar como uma Black Friday brasileira e estimular o consumo. A rede de sapatos femininos Anacapri aparece na lista de adesão, mas o grupo Arezzo, dono da marca, nega a participação de suas bandeiras no evento. 

Eu não sabia A Anacapri foi parar na lista oficial porque um franqueado desavisado se cadastrou para a campanha. A companhia diz ter solicitado a retirada de sua marca da lista do evento. Para a Arezzo, a semana patriótica de promoções não é compatível com seu calendário comercial. A campanha tem o apoio de empresários Bolsonaristas como Luciano Hang.

Resposta Procurada, a secretaria de comunicação do governo diz que a Anacapri não fez o descadastramento.

Férias A Aviva, dona dos resorts Pousada do Rio Quente e Costa do Sauipe, quer investir R$ 200 milhões ao ano em seus empreendimentos a partir de 2020. A empresa está fazendo a primeira reforma em um de seus hotéis em 18 anos. 

Bolso A TecBan, dona dos caixas do Banco24Horas, lançou plataforma eletrônica simplificada para incluir mais contas digitais em seu sistema. Fica possível fazer saques e outros serviços nas máquinas. No primeiro semestre, C6, Nubank, Banco Inter e o Agibank passaram a estar disponíveis na rede.

Consciência ambienta A marca de calcinhas absorventes e biodegradáveis Pantys lançou um programa de doação de seus produtos cuja estreia levará as peças da marca a mulheres das tribos indígenas Shanenawa, Puyanawa e Yawanawá, no Acre. 

Descartável Os produtos substituem o uso de absorventes, que costumam ser descartados incorretamente na região. Para Maria Eduarda Camargo, fundadora da Pantys, as empresas brasileiras estão precisando se mobilizar e chamar atenção para o tema da sustentabilidade.

Com Filipe Oliveira e Mariana Grazini

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