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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Governo Doria não quer fazer grandes investimentos em aeroportos

Vice-governador diz que recursos destinados serão o suficiente para garantir voos

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São Paulo

O governo João Doria agradou as empresas aéreas no início do ano baixando o ICMS do querosene de avião em São Paulo em troca de elevação na oferta de voos em aeroportos do interior do estado, mas alguns deles estão precisando de investimentos para poderem receber novas aeronaves. O vice-governador, Rodrigo Garcia, diz que o estado não quer injetar recursos pesados, mas terá de destinar o suficiente para garantir os voos, valorizando os ativos para as concessões futuras.

Quem vai pagar "Nós não queremos fazer os grandes investimentos definitivos. Nós vamos fazer os menores investimentos possíveis de manutenção para permitir os voos", afirma o vice de Doria. A meta é levar os aeroportos para concessão já com o tráfego elevado para potencializar os resultados dos leilões. 

Contas Juntos, os aeroportos de Barretos e Franca, que são os que mais precisam de investimentos, necessitam de R$ 10 milhões, segundo Rodrigo Garcia. Ele cita Araraquara, São Carlos e Votuporanga como destinos com menor carência de intervenções para que os voos regulares sejam autorizados pela Anac.  

 Fachada do aeroporto Chafei Amsei, de Barretos
Fachada do aeroporto Chafei Amsei, de Barretos - Edson Silva - 9.ago.2012/Folhapress

Comportado Após a censura promovida pelo presidente Bolsonaro na diversidade do vídeo publicitário do Banco do Brasil há poucos meses, a nova campanha da instituição acaba de chegar com um ar mais sóbrio. A próxima é a da Caixa, que também ficou bem-comportada. A agência do anúncio é a Propeg.

Tradicional O vídeo novo da Caixa traz cenas de família e exalta o lar como o bem “mais valioso”. A ideia publicidade, que coloca em cena empregados e clientes, nasceu durante a peregrinação que o presidente do banco, Pedro Guimarães, vem fazendo pelo país. Ele quer colocar depoimentos de experiências reais.

A grande onda Na maré de defesa ambiental, a Corona patrocinou uma exposição a céu aberto, na avenida Paulista, com réplicas de obras de arte icônicas feitas com sacolas de plástico retiradas de rios de São Paulo. O projeto é uma parceria com a Parley for the Oceans, rede global de defesa do oceano que tem a Adidas entre os fundadores. 

Em atraso O indicador de recuperação de crédito da Boa Vista, calculado com base na quantidade de exclusões dos registros de inadimplentes da base do SCPC, subiu 1,6% em julho ante o mês anterior. Segundo a Boa Vista, no entanto, ainda não há indícios sólidos de melhora na recuperação de crédito. No ano, o indicador acumula queda de 6%.

Flashback Os projetos do governo para abrir o mercado do gás no país já tiraram da gaveta intenções de investimento que estavam estacionadas. A Transgas, que tem sede em Nova York e usina na Virgínia, esteve por aqui em 2015, visitou o Rio Grande do Sul, anunciou planos de investir cerca de US$ 3 bilhões no município de Candiota, mas depois se recolheu. 

Empoeirado A americana agora resgatou o projeto e saiu em busca de indústrias que se comprometam, em um prazo de até 20 anos, em adquirir gás de síntese —extraído do carvão mineral e utilizado para a produção de nitrogenados e metanol. 

Calor O movimento nas lojas no mês de julho, durante as férias escolares, cresceu cerca de 6,5% no Nordeste, a maior alta do Brasil na comparação com o mesmo mês de 2018. 

Frio Na outra ponta, o número de visitantes na região Sul teve queda de 3,5%, segundo a FX Retail Analytics, que monitora o fluxo no varejo. A movimentação média no país aumentou apenas 0,5%.

Ladeira abaixo Siderurgia, metalurgia e manufatura puxaram para baixo, nos meses de junho e julho, o Índice Comerc, que acompanha o consumo de energia elétrica. As quedas foram de 0,24% e 0,81%, respectivamente.

Pênalti A baixa aconteceu até diante da base de comparação reduzida do ano passado, quando os jogos da seleção brasileira na Copa do Mundo impactaram as empresas em dias de semana, segundo o levantamento da Comerc. 

Com Paula Soprana

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