Farmacêuticas do mercado de maconha medicinal, que se instalam no país à espera da regulação do setor, entraram em alerta com o caso de uma paciente que recebeu autorização da Justiça em 2018 para cultivar a erva com fins terapêuticos. Na sexta (13), ela foi a um evento no Chile sobre maconha para recreação. Fotos suas exibindo o documento pararam na internet. Empresas temem que o caso reforce argumentos de opositores como o ministro Osmar Terra (Cidadania).
Regras A proposta de regulação em elaboração pela Anvisa trata apenas da produção de maconha para pesquisa e uso na indústria farmacêutica. O texto não aborda a permissão de entrega da planta para consumo pelo paciente.
Entrave “Estamos em um tempo obscuro, com o governo que tenta impedir a produção do remédio. Casos de desvio de finalidade só prejudicam”, diz Cassiano Teixeira, diretor e fundador da Abrace (Associação Brasileira de Apoio Cannabis Esperança), autorizada pela Justiça a cultivar a erva para uso medicinal.
Legalização O único país na América Latina que permite o uso recreativo da maconha é o Uruguai. No Canadá, o consumo da planta foi legalizado em 2018. O processo caminha nos EUA, onde o comércio é autorizado em alguns estados.
Uso Para a advogada da paciente, não há desvio de finalidade do habeas corpus nem há problemas em ir ao evento de uso recreativo. “Não diminui o efeito terapêutico”, diz Cecília Brandão. “O consumo de substâncias psicoativas é fenômeno biopsicosocial, os eventos lhe fazem bem."
Unidos Pesquisadores da Fundacentro, órgão ligado ao ministério da Economia que trata de segurança do trabalho, estão buscando ajuda de sindicatos para apontar o que chamam de desmonte.
Queixas Reclamam de demora na renovação de contratos de manutenção, cortes de terceirizados e falta de dinheiro para combustível. Também relatam mais burocracia para atuar fora da instituição e redução de prazos de trabalho.
Enxuto Segundo Felipe Portela, presidente da Fundacentro, desde o começo do ano, a instituição atua na modernização de suas atividades para reduzir gastos, se adequar às restrições orçamentárias e fazer bom uso do dinheiro público.
Menor O orçamento da Fundacentro, que foi de R$ 133 milhões em 2016, passou para R$ 110,6 milhões em 2019, segundo o Portal da Transparência.
Combustível Petroleiros se dizem pessimistas com a mediação no TST para renovar o acordo coletivo da categoria com a Petrobras. Para José Maria Rangel, da federação dos petroleiros, a empresa resistirá a manter as cláusulas firmadas no passado. Uma greve não está descartada.
Ajuste A Petrobras diz que está aberta ao diálogo e que participou de cerca de 20 reuniões com petroleiros. Afirma buscar sustentabilidade financeira e reduzir dívidas O TST deve apresentar uma proposta de acordo no dia 19.
Caiu O fluxo de lojas de varejo no país diminuiu 1,1% na Semana do Brasil, evento de ofertas do governo, em relação aos mesmos dias de 2018, segundo a FX Analytics, que monitora consumo. Houve alta de 3% na comparação com a semana anterior.
Subiu No comércio eletrônico, as vendas cresceram 41% no período em volume e faturamento, segundo a Ebit|Nielsen. O valor médio das compras ficou parecido com o de semanas normais, em R$ 420.
Pedido Entidades do setor de saúde se reuniram com o senador Roberto Rocha, relator da reforma tributária, nesta terça (17). Sugeriram uma lei complementar com alíquota menor para o segmento.
Barreira A dificuldade de inclusão de pessoas com deficiência pode estar ligada à resistência de gestores. Segundo pesquisa da consultoria Santo Caos com a Catho, 40% dos profissionais de RH dizem ouvir com frequência de chefes de outras áreas que não estão abertos às contratações.
Com Filipe Oliveira e Mariana Grazini
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