Painel S.A.

Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

Salvar artigos

Recurso exclusivo para assinantes

assine ou faça login

Painel S.A.

Lucro não deve ser prioridade do banco, diz presidente do BNDES

Repetindo mantra do secretário de privatização,Salim Matar, Gustavo Montezano diz que instituição precisa ter propósito

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo

No palanque O presidente do BNDES, Gustavo Montezano, foi fortemente aplaudido por empresários e executivos nesta sexta-feira (6), em São Paulo, ao falar que o banco não deve priorizar lucro. "A instituição tem de ter é "propósito", afirmou o executivo, que tomou posse com 38 anos em julho. "Trabalhei 20 anos no mercado financeiro e saí de lá porque não aguentava mais falar de lucro", disse ele no palco do evento promovido pelo IFL-SP (Instituto de Formação de Líderes).

Orador Ainda em seu discurso, Montezano falou sobre levar escola para as crianças, bebeu um gole d’água e prosseguiu respondendo perguntas sobre como o BNDES vai se posicionar sob seu comando.

O presidente do BNDES, Gustavo Montezano, durante sua cerimônia de posse no BNDES em Brasília - Evaristo Sa - 16.jul.2019/AFP


No meio do caminho "A gente não é nem Faria Lima nem Esplanada dos Ministérios. A gente tem conhecimento financeiro, tem a capacidade de estruturar soluções, que a Faria Lima tem, e tem a capacidade de interlocutar com o governo", afirmou. Ele diz querer fazer do banco uma "ponte" entre o estado e a avenida que concentra o mercado financeiro na capital paulista.

Dicionário A palavra propósito é mantra de Salim Mattar, secretário de privatização que ajudou a emplacar Montezano no BNDES. Em todos os eventos em que se apresenta pelo país, Mattar repete a fala sobre suas boas intenções. A conversa de Montezano sobre lucro também emula outros dirigentes de bancos públicos deste governo.

Quem te viu A construtora Odebrecht, rebatizada de OEC em sua configuração pós Lava Jato, mudou de nome e de hábitos. A empresa deixou de lado os bastidores dos gabinetes de Brasília, onde conquistava contratos de obras, e passou a gastar sola de sapato em eventos de infraestrutura para buscar negócios.

Quem te vê No mês passado, a construtora participou da feira da federação das indústrias do Pará, onde está tocando a obra de um sistema de ônibus BRT. Nesta semana, seus representantes circularam pela Rio Pipeline, no Rio, que reuniu o setor de transporte por dutos. Na semana que vem, vai à Exposibram, evento de mineração, em Belo Horizonte.
Mercado de trabalho Apesar do baque da recuperação judicial, a juventude ainda briga por vaga na Odebrecht. A OEC abriu processo seletivo para contratar um estagiário na área de comunicação e, segundo quem acompanhou o assunto, recebeu mais de 2.000 currículos. Uma estudante de marketing, formada em arquitetura, foi escolhida.

Atrás de futuro Esse mercado de primeiro emprego está quente. Na Azul, que acaba de lançar um programa inédito de trainee, chegaram 13 mil inscrições em cinco dias.

Mudança A companhia aérea reestruturou sua gestão de recursos humanos. A área, que ficava ligada às diretorias de infraestrutura, treinamento e comissários, agora passa a operar de modo independente, sob coordenação da executiva Camila Almeida.

Amigos do peito Além de Edir Macedo (Universal), Silvio Santos (SBT) e Luciano Hang (Havan), os empresários Flavio Rocha (Riachuelo) e Meyer Nigri (Tecnisa) devem acompanhar Bolsonaro na parada deste Sete de Setembro.

Consumismo O comparador de preços online Zoom teve alta de 15% em audiência nesta sexta-feira (6), na em relação ao mesmo dia da semana anterior. Foi o começo das ofertas da Semana do Brasil.

Reconhecimento Virou bate-boca a licitação para contratar biometria para o Dataprev, empresa pública que cuida de dados previdenciários. Após a ONG de defesa do consumidor Idec enviar, na semana passada, uma notificação pedindo para suspender o certame, o Dataprev rebateu.

Facial Nesta sexta, mandou de volta um comunicado dizendo que garante a segurança das informações. Segundo o Idec, mesmo sem ter biometria, o Dataprev já enfrenta um problema de vazamento de dados de aposentados e pensionistas que favorece fraudes e o assédio de oferta de crédito consignado.

Segurança Para a ONG, antes de contratar tecnologia para coletar mais dados dos beneficiários do INSS, o Dataprev precisa resolver o problema.

Mais para baixo A guerra comercial entre China e EUA anda prejudicando o transporte aéreo de carga. Diz a Iata (associação internacional do setor) que a demanda medida em tonelada por quilômetro caiu mais 3,2% em julho, ante igual período de 2018. É a nona queda consecutiva.

Com Filipe Oliveira e Mariana Grazini

LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar cinco acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.