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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Programa de embaixadores do turismo da Embratur preocupa empresas do setor

Após lutador de jiu-jitsu chamar Macron de 'franga', setor estima queda na demanda

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São Paulo

Manobra radical O prefeito de Miami, Francis Suarez, e o skatista Mineirinho estão entre os próximos nomes que podem ser anunciados como embaixadores simbólicos do turismo brasileiro no programa da Embratur, com o objetivo de impulsionar a atividade no país. Empresas do setor, no entanto, estão preocupadas com o que está por vir. Serão 15 selecionados, mas a avaliação é que, dentre os cinco já anunciados, há nomes que mais contribuem para espantar do que atrair turistas ao Brasil.

Incidente diplomático Na semana passada, depois que um dos embaixadores da Embratur, o lutador de jiu-jitsu Renzo Gracie, chamou de "franga" o presidente francês, Emmanuel Macron, executivos do mercado turístico começaram a estimar alguma queda na demanda de viajantes franceses por férias no Brasil. 

Viagem vetada Ronaldinho Gaúcho foi o mais recente nomeado embaixador do turismo, mesmo tendo seu passaporte apreendido por crime ambiental. Antes dele, veio Richard Rasmussen, um apresentador de televisão autuado pelo Ibama. Os cantores Bruno, Marrone e Amado Batista fazem parte da lista. 

Para que isso? Representantes de empresas de hotelaria, agências de viagens e companhias aéreas estão incomodados porque consideram o programa uma sequência de gafes. Eles planejam levar ao Ministério do Turismo questionamentos sobre a eficácia da escolha dos nomes. 

Só o começo Procurada, a Embratur afirma que os embaixadores são uma grande aposta que não deve ser interrompida e que ainda não é possível mensurar nenhum resultado porque o programa está apenas começando.

Energia Depois de almoçar no Itamaraty, nesta segunda-feira (9), o novo chanceler do Paraguai, Antonio Rivas, que assumiu o posto na esteira do imbróglio de Itaipu, vai à CNI conversar sobre acordo para evitar dupla tributação. 

Motores Também vão falar sobre a conclusão de um acordo automotivo bilateral, entre outros assuntos. O Brasil e o Paraguai estão em fase de homologação da assinatura digital para troca de certificados de origem.

Excursão A Fundação Lemann convidou os governadores Eduardo Leite (RS), Paulo Câmara (PE) e Camilo Santana (CE), além do vice-governador Rodrigo Garcia (SP) e outros gestores públicos, para fazerem uma imersão em Cingapura sobre gestão de pessoas no setor público, entre os dias 10 e 14 deste mês.

Facada As regionais do Sesi nos estados começam a estudar alternativas para reduzir custos e elevar arrecadação porque terão de se adequar ao corte de 20% na contribuição das empresas ao Sistema S

Ferida No caso da indústria, a conta cai integralmente sobre o Sesi, poupando o Senai, o que deve representar um corte de 33,3% na receita. 

Aula Ainda há opositores do acordo argumentando que escolas, programas de esporte e de cultura são de responsabilidade das entidades estaduais e que o departamento nacional não tem atividade fim, mas recebe 25% da receita das regionais, o que dá cerca de R$ 1,1 bilhão por ano.

Mala cheia Preocupado com a chance de o Congresso derrubar o veto de Bolsonaro e acabar proibindo mais uma vez as empresas aéreas de cobrarem para despachar malas em voos, o secretário de turismo de São Paulo, Vinicius Lummertz, fez uma sugestão ao deputado Baleia Rossi, líder do MDB na Câmara. 

Só um pouquinho A alternativa seria cobrar as bagagens apenas em voos low-cost, ou seja, aqueles cujas passagens são mais baratas que a média do mercado, segundo Lummertz. "Cobrar bagagem é impopular. Mas se não cobrar, vão impedir a vinda das companhias low-costs, que no Chile fazem 1.500 quilômetros por US$ 40", diz o secretário. 

Precipitado A preocupação com a ameaça de queda da cobrança da mala é grande. Na semana passada, os ministros de Infraestrutura e Turismo saíram de uma reunião com a empresa low-cost JetSmart tuitando que ela ia fazer voos doméstico no Brasil, mas depois a aérea divulgou nota dizendo que, por enquanto, seu foco é voo internacional.

Frustração A confiança dos executivos de marketing e vendas despencou, segundo a ADVB (associação dos setores). No segundo trimestre de 2019, 17% dos entrevistados em pesquisa se disseram confiantes na economia, ante 45,6% que diziam o mesmo no último trimestre de 2018. 

Com Filipe Oliveira e Mariana Grazini

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