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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Regulação de apostas esportivas pode suspender patrocínios de clubes de futebol

Mudança é apoiada por empresas que esperam regulação para atuar no Brasil

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Pontapé inicial A regulamentação das apostas esportivas no Brasil alimenta esperança de aumento de receita dos clubes de futebol, mas pode criar um desfalque no caixa das equipes no curto prazo, segundo advogados. Eles apontam que a minuta de decreto apresentada pelo Ministério da Economia, se aprovada como está, obrigaria os times a abrir mão do patrocínio que recebem hoje das casas de aposta online sediadas no exterior, 
até que elas consigam licença para operar aqui. 


Defesa Fabio Kujawski, do escritório Mattos Filho, afirma que o processo de autorização pode levar mais de um ano e, por isso, o decreto precisa ser alterado. 

Ataque André Gelfi, do site Suaposta, apoia o afastamento temporário das estrangeiras, que hoje não pagam imposto no Brasil. Isso permitirá que quem quer entrar no setor regularmente concorra de forma justa, diz. “Há pressão grande das empresas de fora para manter suas vantagens.”

Retranca Outra reclamação do setor, apontada pelo advogado Luiz Felipe Maia, é a previsão de que 1% do valor das apostas seja taxado pelo governo. Ele defende que a cobrança caia sobre apostas menos o valor pago em prêmios, o que seria o faturamento real das empresas. O governo diz que o foco da regulação não é a arrecadação, e, sim, a busca por segurança jurídica para o ambiente de negócios.

Páreo Enquanto Jair Bolsonaro e João Doria, potenciais candidatos à presidência em 2022, se enfrentam, as montadoras agradecem. A disputa mais recente, aberta pelo presidente na sexta (20), foi para mostrar quem contribuiu para atrair o investimento de R$ 1 bilhão da Toyota em Sorocaba.

Via de mão dupla Na opinião de um alto executivo de uma fabricante de carros, se Doria estiver querendo se posicionar como presidenciável para 2022, sua estratégia de oferecer benefício fiscal para atrair postos de trabalho é eficaz porque essa indústria tem muita visibilidade.

Vale tudo No atual desemprego brasileiro, vale comprar briga por qualquer vaga a mais. O investimento da Toyota vai gerar 300 postos. Nem atinge o piso de 400 vagas necessário para ter desconto do estado de SP no ICMS.

Garagem A Turbi, de aplicativo para alugar carros compartilhados, vai colocar 20 veículos no aeroporto de Guarulhos. Eles ficarão no desembarque do Terminal 2 e devem ser devolvidos ali também.

Recolocado O governo de São Paulo determinou a transferência de R$ 11,7 milhões do DER (Departamento de Estradas de Rodagem), que seriam usados para investimentos em  estradas, para o Daesp (departamento aeroviário). 

Embeleze Os  aeroportos que serão destinados a concessões estão precisando desses recursos para se adequar e atrair investidores.

Cadeira Recém-nomeado procurador-geral do trabalho, Alberto Balazeiro entrou no cargo elegendo o combate aos trabalhos escravo e infantil entre os “eixos prioritários”, afirma ele.

De folga O procurador assumiu em agosto, quando a MP da Liberdade Econômica estava no auge das tentativas de interferir em questões trabalhistas, limitando folgas aos domingos. A investida foi contida, mas, caso volte, a meta, diz, será dialogar no cenário político para esclarecer e “evitar retrocessos”.

Prosa

"O nosso papel enquanto instituição é reforçar esse combate [ao trabalho infantil] e procurar dialogar com os outros entes, até para explanar as circunstâncias em que se centra a nossa atuação
Alberto Balazeiro, procurador-geral do Trabalho
 

Alberto Balazeiro, procurador geral do trabalho, no gabinete do MPT - Pedro Ladeira 23.ago.2019/Folhapress

Contas O Sescon-SP (escritórios de contabilidade) vem levando a deputados simulações de impacto da PEC 45, reforma tributária da Câmara. Aponta que haverá aumento de carga para todo o setor de serviços e para varejistas que estão no lucro presumido. Também indica risco para pequenas empresas.

Ideias No documento, que foi apresentado em audiência pública com o relator da PEC, o deputado Agnaldo Ribeiro (PP-PB), a entidade faz sete propostas para a reforma. Entre elas está garantir que empresas do Simples gerem crédito para abater do imposto de empresas clientes .

Recepção Reynaldo Lima Júnior, presidente do Sescon-SP, disse ter considerado positiva a indicação de José Barroso Tostes Neto para a Receita:“O governo acertou ao colocar alguém de carreira. É um órgão técnico que não deve sofrer interferência política”. 
 

Com Filipe Oliveira e Mariana Grazini

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