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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Ligado à sustentabilidade, dono da Osklen viu exagero em crise ambiental

Para Oskar Metsavaht foi oportunista a suspensão da compra de couro brasileiro por marcas estrangeiras

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São Paulo

Desde que o céu escureceu em plena tarde, em agosto, detonando uma crise ambiental de alcance global no governo Bolsonaro, o estilista Oskar Metsavaht se manteve discreto. Passada a repercussão, o fundador da Osklen diz agora que viu exagero de imprensa, governo e empresas sobre as queimadas na Amazônia. Para ele, foi oportunista a suspensão da compra de couro brasileiro por marcas estrangeiras. “Foi uma grande chance para a agroindústria francesa e americana.”

O dono da Osklen, Oskar Metsavaht - Eduardo Anizelli/Folhapress

Floresta Metsavaht, que há mais de duas décadas faz do conceito de sustentabilidade a principal marca de sua grife, pondera a responsabilidade de Jair Bolsonaro. “Não é culpa dele o aumento de queimadas, mas foram tomadas atitudes completamente retrógradas nos primeiros meses, o que mostrou uma ignorância muito grande”, afirma.

Raiz O empresário diz que está se unindo a um grupo de economistas, cientistas sociais e políticos para propor mudanças nos incentivos da Zona Franca de Manaus que favoreçam a implantação de um Vale do Silício verde.

Carona Controlada pela Alpargatas, a Osklen pretende expandir sua internacionalização aproveitando a rede de distribuição já desenvolvida pela Havaianas, que pertence ao mesmo grupo e é mais popular no mercado externo.

Passarela Em setembro, peças feitas do couro do peixe amazônico pirarucu criadas por ele participaram pela primeira vez da semana de moda de Paris, no desfile da marca Courreges. “O que antes era jogado no lixo agora é visto como novo luxo”, afirma. 


Prosa

"O Brasil deveria criar uma marca associada à sustentabilidade, assim como a Europa vende luxo a partir de sua história e os EUA vendem o ‘american dream’"
Oskar Metsavaht
fundador da Osklen


Sem salto A Abicalçados (associação da indústria calçadista) vai revisar de 4% para 3% a projeção de crescimento para o setor, retornando aos patamares de 2014. A falta de empregos formais e de investimentos públicos e privados contribuem para o desempenho, segundo Marcos Lélis, economista da associação. 

Peso A queda de juros pode favorecer investimentos, mas os custos para projetos de infraestrutura ainda recaem sobre contribuintes, disse Gabriel Galípolo, presidente do Banco Fator, em evento na semana passada com a BDO Brasil e o escritório Leite, Tosto e Barros Advogados. 

Volátil Galípolo alertou para o risco da adoção de soluções econômicas simples, como atrelar contratos ao dólar. A volatilidade do câmbio tornaria inviável qualquer medida desse tipo, segundo ele. 

Gota A Emae (Empresa Metropolitana de Águas e Energia) abriu chamada pública para teste da produção de energia solar flutuante nos reservatórios Billings e Guarapiranga. Os ensaios vão durar 90 dias e podem render parcerias com a estatal paulista.

Cálculos José Carlos Grubisich cita quatro bancos na acusação que levou à Justiça contra a Odebrecht mencionando fraude contra os demais credores. Segundo a petição, protocolada em 23 de setembro, Bradesco, Banco do Brasil, Itaú e Santander emprestaram dinheiro para que a empresa pagasse eles próprios. 

Roda Teria sido, segundo Grubisich, uma rolagem de dívida em que os bancos receberam reforço de garantia com ações da Braskem. Procurada, a Odebrecht nega veementemente. Itaú, Bradesco, Banco do Brasil e Santander não quiseram se manifestar.

Balanço Internamente, o que se comenta na Odebrecht é que a movimentação de Grubisich seria tática jurídica e que ele já teria sido devidamente remunerado após deixar a empresa, onde trabalhou de 2001 a 2012. Ex-acionista, ele cobra na Justiça mais de R$ 28 milhões do grupo.

com Filipe Oliveira e Mariana Grazini

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