Gatilho O mercado de armas reagiu na última semana, depois que a Senasp (Secretaria Nacional de Segurança Pública) lançou, na terça (5), um edital para a compra de quase 160 mil armas. Segundo fabricantes, o prazo oferecido, para o próximo dia 20, é curto demais para empresas entrantes se adequarem, o que pode restringir a competição. A maior queixa é o tempo exigido para a entrega de um relatório sobre a verificação de padrões internacionais de qualidade técnica das pistolas.
Fogo O documento, conhecido como AC225, tem custo de execução em torno € 450 mil e leva ao menos 45 dias para a realização do teste, além de outros 15 dias para cumprir outras etapas como tradução juramentada e registro no cartorário, segundo Antonio Vilas Boas, da fabricante croata HS Produkt no Brasil.
Coldre Marcelo Costa, representante da suíço-alemã Sig Sauer no Brasil, diz que vai enviar um pedido de reconsideração à Senasp. “É um prazo muito curto para providenciar toda a documentação de um edital tão grande, que vai levar o vencedor a ter enorme controle sobre o fornecimento de armas no país.”
Alvo Fabricantes locais se queixam de falta de isonomia tributária e regulatória, o que estaria prejudicando a indústria nacional, segundo o general Aderico Mattioli, diretor-presidente da Imbel.
Munição A brasileira Taurus afirma que sua arma está fora da nova licitação da Senasp por possuir uma trava de segurança adicional. “É de fundamental importância que as licitações realizadas no Brasil não tenham exigências descabidas para excluir a indústria nacional, o que neste caso não está existindo”, diz a empresa.
Outro lado Procurada pela coluna, a Senasp diz que fez estudos e audiências públicas antes de lançar o edital. Da licitação, 5.000 armas serão destinadas à secretaria para equipar a Força Nacional de Segurança Pública. As outras 152.951 armas vão para outros órgãos federais e estaduais.
Agulha Aos 126 anos, a Paramount Têxteis quer expandir seu foco de atuação, ainda concentrado no fornecimento de matérias primas para o setor industrial, segundo José Kanner, seu presidente.
Linha Para elevar o relacionamento com o consumidor final, que faz artesanato, a empresa desenvolve sua marca Pingouin, de fios para tricô manual. Fará atividades nos Centros Culturais Banco do Brasil, na exposição Linhas da Vida, da artista Chiharu Shiota, que usou novelos da Paramount.
Corrida Recém-nomeado relator da Lei do Gás, o deputado Laércio Oliveira (PP-SE) quer pedir urgência na tramitação do projeto. A ideia é que siga logo ao plenário em vez de passar por mais duas comissões na casa.
Caminhada O texto, que abre o mercado para mais empresas além da Petrobras, levou seis anos até receber aprovação na comissão de Minas e Energia em outubro.
Barreira Rogério Marinho, secretário de Previdência e Trabalho, foi a Natal na sexta (8) para uma homenagem na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, mas não foi bem recebido por alguns de seus conterrâneos. A sessão solene era às 10h30, mas um protesto de sindicatos o impediu de entrar no prédio.
Passagem Segundo assessores de Marinho, ele conseguiu concluir a visita por volta das 13h, após dispersão do movimento.
Precaução Com o óleo no Nordeste, a Abrasel (associação de restaurantes) vem orientando estabelecimentos da região para que evitem comprar peixes e frutos do mar de produtores locais, segundo Paulo Solmucci, presidente da entidade. “Nenhum risco foi confirmado, mas é para reforçar a segurança”, diz ele.
Altos e baixos Neste ano, salários de funcionários de marketing cresceram mais nos mercados de startups tecnológicas, agronegócio e químico alimentício, diz pesquisa da Foursales, empresa de recrutamento. Na outra ponta, profissionais da área em indústria, varejo e automotivo tiveram os maiores achatamentos.
com Filipe Oliveira e Mariana Grazini
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